quinta-feira, 31 de maio de 2007

Ter marido dá trabalho (motivo 2)

Como sabem… meu marido não morava comigo, morava em São Sebastião, mas… resolveu voltar para o aconhego do lar.
Minha vida era simples, bem simples. Acordava, descia com os cachorros, ia para o trabalho, almoçava em casa duas vezes na semana, outras duas tinha a faxineira e uma vez por semana a cachorrada passava o dia sozinha. Chegava no trabalho e fazia minhas coisinhas e tal. Saía do trabalho às 7 em ponto, e cuidava da minha vida, nunca faltava nada em casa, leite, pão, iogurte, ração, escrevia sempre no meu blog... Malhava religiosamente, mas antes descia de novo com meus peludos, chegava em casa, tomava banho, via novela, lia um livro, ficava horas no telefone com as amigas e dormia.
Velhos dias, velhos tempos…
Agora? Acordo e lá está ele já acordado fazendo algo para gastar energia, como tomar banho na hora que eu tenho que ir para o trabalho, ou tomar leite e não avisar que acabou, ou implicar pois a faxineira devia primeiro lavar o chão e depois lavar roupa, ou pior, todo dia some algo dele, como o tênis, a blusa preta, o gôrro, e sempre diz: - Onde você guardou isso?
Ah! Ainda não contei: ele voltou para o aconhego do lar desempregado. É a saudades de mim era grande demais. E, como anda o mercado para locutores desempregados? Vasto, muito vasto e promissor.
Hoje não tenho mais tempo para malhar, para ir ao mercado, falta tudo em casa, as contas estão atrasadas, pois até esqueço de pagá-las, a casa uma bagunça, meus cachorros carentes, minhas unhas horríveis.
Não vejo mais novela, não leio livro, minhas amigas me odeiam.
Mas… dizem que o amor é cego, e eu digo, o amor, é cego, surdo, louco, insano, e dá um trabalho…

terça-feira, 29 de maio de 2007

A Firma (motivo 1 para estar a tanto tempo sem escrever no blog)

Ando trabalhando muito, sem tempo para escrever no blog, ando estressada e ocupada demais e conseqüentemente, de saco cheio do trabalho querendo sair o mais rápido possível.
Mas, descobri que aqui na “firma” eles são os traficantes e nós (funcionários) os viciados.
Sempre que queremos largar o vício e dizer: - Para mim chega disso, não quero mais, vou fazer malabaris no sinal! Eles, a firma, te dão mais um pouquinho da droga deles e você fica extasiada de sonhos, emoções e tudo volta ao normal na sua vida.
Semana de profundo mal humor no trabalho e no domingo vou ao show do Nando Reis e percebo, puxa, o que eu faço é legal! Eu ajudo, bem pouco, mas ajudo para isso acontecer…
Enfim, não sou viciada em trabalho, mas sou viciada no que faço e nesta “firma”. Isso é errado?