sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Meu vizinho é go-go boy

Eu e o meu marido temos a certeza que nosso vizinho é go-go boy. Bonitão, sarado, forte, e está sempre pelo prédio de dia e à noite chega tarde.
Não que a gente não tenha nada para fazer a não ser cuidar da vida alheia, mas é que esta fantasia nos persegue, a certeza da vida dupla do moçoilo nos fascina.
Criamos muitas histórias sobre ele, quando o vemos no elevador pela manhã pensamos: - deve ser uma coroa que solicitou um show privê. Se cruzamos com ele tarde da noite: - hoje o trabalho dele foi longo, tadinho.
Outro dia ele e a esposa, nos chamaram para jantar no apartamento deles. Eu e meu marido combinamos: se pintar assunto de trabalho, mudamos o rumo da conversa, combinado?
Foi uma noite muito agradável, e engraçada, cada vez que ele ia tocar no assunto trabalho, eu ou o Renato, falavámos algo para o assunto morrer ali, não queremos saber se ele é médico, ou advogado, só queremos nos divertir com o submundo imaginário dele.
Agora temos que retribuir o jantar e será mais uma noite onde o assunto trabalho e o que fazemos para viver não aparecerá na pauta.
O que não fazemos para manter as nossas fantasias, hein?

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Blockbuster

Véspera de feriado encontrei com a minha irmã na Blockbuster, era hora de colocar a fofoca da semana em dia e alugar uns filminhos…
Entramos na Blockbuster lotada e nisso eu pego um bloquinho da minha bolsa e ela o Palm, cada uma da sua maneira com a listinha de filmes que gostaria de assistir.
Ficamos um tempo rindo na locadora, afinal, daonde saiu a mania de fazer lista de coisas a fazer, filmes para ver, cremes para usar, lugares para conhecer? Com certeza deve ser algum tipo de herança genética.
Caminhamos entre as gôndolas, procurando itens das nossas listas, cruzando os olhares e rindo por sermos tão diferentes e tão iguais ao mesmo tempo.
Como é bom ter uma irmã para dividir momentos assim.

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Negro gato


Às vezes a gente acha que a nossa vida já está toda arrumada, certinha, casa, marido, 2 filhos caninos, um macho e uma fêmea, trabalho indo bem, faxineira pontual, mas de repente a vida nos traz um novo desafio, uma nova alegria, e como agradecimento batizei essa nova alegria como José Francisco, Zézinho ou melhor o Negro Gato.
Pois é, podem me chamar de insana, mas tenho mais um filho peludo em casa, é o meu neguinho safado.
Mais um com uma história de abandono, desnutrição, mas um coraçãozinho do bem a espera de uma família para amar, mas um amiguinho que veio para nos encher de alegria.
Quando vi o Zé pela primeira vez na rua da casa da minha mãe, sentei na calçada para falar um oi para ele, e ele logo se jogou no chão para receber carinho, eu fiquei lá na calçada catando carrapatos dele e ele lá, me olhando quietinho agradecido. Fui embora. Uma semana depois estava ele na porta do cabeleileiro que meu marido estava, na saída, se comoveu com ele, achava até que ele estava atropelado, tão quietinho, triste num canto da rua.
Achamos uma veterinária do bem que nos ajudou, e uma pessoa comovida com seu estado o acolheu por 15 dias, ainda não passava pela minha cabeça ter mais um.
Mas o destino fez com que ele fosse passar um final de semana em casa e no primeiro segundo soube que ele jamais iria para lugar nenhum.
Um cachorro que pensa que é gato, ronrrona com carinho, se lambe e depois fica engasgado, sobe no encosto do sofá, salta distâncias e alturas incríveis, tem muita habilidade com as patinhas da frente e odeia banho.
Tem olhos amarelos, usa bandana, adora bolinha e tem medo de trovão.
Peteka o acolheu como um filho, Fuka como um irmão mais novo, moleque que é, cativou a todos, já pegou todos os nossos hábitos, dorme na caminha dele ao meu lado, no meio da noite às vezes olho e o vejo sentado só me namorando e suspirando, está tranquilo, achou o que procurava. Amor.
Em homenagem a São Francisco, virou nosso caçula abençoado e querido.
É gente, a família cresceu.

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Voltei...

Voltei das férias, e descobri que 10 dias é bastante tempo para perceber que no fundo eu não nasci para nada disso, não nasci para trabalhar, para criar, para aguentar chefe...
Nasci para ser do lar, trocar receitas, estudar as plantas, caminhar com meus cães e ver sessão da tarde na academia.
Mas... estou de volta ao batente.
Férias são tão curtas.