terça-feira, 29 de abril de 2008

No pet shop

Eu pegando meus caninos (Peteka, Zézinho e Caramelo) no banho.
- Nossa, você tem uma ONG? Me perguntou uma mulher.
Me vi, meio maluca, rodeada por 3 cachorros felizes, me puxando, me enlouquecendo e respondi:
- Não, querida, eu sou uma ONG.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Alguma coisa acontece…

Cheguei de trem em 1981. Senti frio. Sono. Ansiedade. No começo foi difícil. Cidade estranha. Sem amigos. Só pai, mãe e irmã. Sotaque diferente. Cidade grande. Sem praia. Não era o Rio. Não tinha a vista da lagoa no meu quarto. Não tinha o calor.
Com os anos, fui virando um pouco paulista. Fui sendo conquistada. Encantada. Passei a amar esta cidade como se fosse a minha. Fiz amigos. Me achei. Amei. Cresci. Vivi. Só o sotaque não perdi.
Durante muitos anos, não conseguia me ver longe. Da multidão desta cidade que pulsa. Não dorme. Consome. Achei o paraíso. Com seus prédios espelhados. Fingindo ser invisível. Refletindo. Multiplicando a cidade.
Saí. 3 anos. Senti saudades do vício. Do Caos. Do pulsar. Voltei. Mais encantada. Vivendo. Curtindo.
E aqui estou. Mas algo mudou. A cidade não me encanta mais. O que dá. Toma de volta. Exige. Sufoca. Me deixa mais tempo longe dos que amo. Mais trânsito. Menos suspiros. Tão perto e tão longe dos amigos. A cidade que une. Afasta. Na contagem regressiva para o fim de semana. Menos um para chegar sábado. Até onde vai a contagem. Como contar. Como saber.
Alguma coisa acontece no meu coração… Coração que ultimamente está bem longe daqui.

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Minha mãe, sua bengala e um rei

Show do Roberto Carlos com minha mãe começa a sessão risada no estacionamento, com uma luta para uma vaga de deficiente. Em um show como este, estas vagas são tão concorridas quanto os ingressos.
Chegamos na última vaga livre e havia uma senhora em pé guardando a vaga para outra senhora que ia chegar, e começa a briga de quem é mais deficiente física.
- Olha minha senhora, estou de bengala, cheguei na vaga e ela é minha. Diz minha mãe mostrando a nova bengala.
- Mas a minha amiga que está chegando tem cadeiras de rodas. Responde a senhora de verde (toda de verde e brilhos, muitos brilhos).
Blá, blá, blás depois, chega o moço do estacionamento para acalmar as velhinhas.
E nos arruma uma vaga pertinho para estacionarmos o nosso carro enquanto a mulher de verde continuava ali, se agarrando na vaga.
Estacionamos o carro e minha mãe diz: - Só vou sair do carro quando eu ver se vem alguém com cadeiras de rodas mesmo, duvido.
Minutos depois, chega o carro esperado pela senhora “abacate-brilho” e era mesmo uma deficiente física com cadeiras de rodas, minha tia diz:
- Que vergonha, Silvia, manca como nunca, começa a mancar, vai.
Saimos do carro bem devagar e com lágrimas nos olhos de tanto rir, pensando que com a idade nos orgulharemos de nossas limitações e exigiremos todas as nossas pequenas conquistas da idade, mesmo que seja uma vaga para andar 3 passos a menos.
Entramos no show, um lugar recheado de emoções e senhoras que não sei onde se escondem normalmente.
Muitas delas demoram 10 horas para sentar numa cadeira, mas quando olham para o “Rei” berram com toda força: - Gostoso! (Vai entender)
O show começa, e é uma higiene mental única, como pode um homem ter tanto carisma? Como pode uma pessoa só, ter todo este poder diante de uma, duas, três gerações?
Muitos cabelos cor de uva balançando, chorando e correndo com seus andadores para ver de perto o “Rei” e ganhar uma rosa beijada (ou babada). As que conseguiram “o troféu”, saíam aos prantos, as demais se estapeavam.
Entre Emoções e Jesus Cristo, foram muitas risadas, gargalhadas, suspiros e lembranças felizes. Lembranças de ouvir desde sempre minha mãe cantarolando estas músicas… Dos especiais de fim de ano que caiam no dia do meu aniversário… Enfim…
“Você foi!

O maior dos meus casos

De todos os abraços

O que eu nunca esqueci

Você foi!

Dos amores que eu tive

O mais complicado

E o mais simples pra mim...”

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Segunda-feira

Ando bem sem assunto, ou sem paciência para assuntos…
• Vi Miss Saigon pela segunda vez e gostei mais ainda,
• Fui na Zé Paulino no sábado e ninguém merece ser tão mal tratada nas lojas,
• Manchei minha mão, com alguma coisa que nem sei, e está horrível, a palma da mão está amarela, será que soltei pum?,
• Minha progressiva feita em casa, devia se chamar regressiva, meu cabelo está horrível,
• Ontem na pracinha com meus cães, conheci uma cachorrinha chamada Amora que usava coleira com seu nome em strass, chique demais, Peteka ficou com ciúmes, quer uma igual, só que cada letra custa 13 reais, acho que vou mudar o nome dela para P,
• O frio chegou e com ele meu mal humor,
• A ventania desta noite me deu medo,
• Amanhã vou ver Roberto Carlos com minha mãe, sei que vou chorar, são tantas emoções,
• Apareceu uma aranha em casa, parecia a Charlote (da menina e o porquinho),
• Tive que matá-la, chorei,
• Alguém merece uma segunda-feira como essa? Hoje só comi melão, estou de regime,
• Acho que é TPM,
• Não aguento mais melão,
• E hoje é meu rodízio.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

“Os shows”


Dois dias de trabalho. Dois dias sem noção.
Um dia galera tranqüila, velhinhos e adultos felizes, no outro loucura total, todo tipo de gente, mas todos de preto, botas, capas… Mais mil vezes trabalhar como no sábado para os fãs do Ozzy do que para o Rod.
Fã que é fã, passa pela catraca e te beija de tanta felicidade, nem liga se ficou 10 horas na fila, nem liga se dormiu no chão para ser o primeiro a chegar e se não tomou banho.
Galerinha rock and roll vê o show do Korn e quer ir embora:
- Cara, você vai embora da festinha antes de cantar parabéns? Digo tentando falar para os moleques que Ozzy era “o show”.
- Ah! Tia, será? Só queria ver o Korn.
- Korn? Quem é Korn, entra lá, vê Ozzy e depois me fala.
- Tá bom Tia, eu vejo.
Pronto, isso me faz ganhar o dia. Adoro ser a tia do show, brigar com segurança, barrar folgado, deixar os fãs felizes, ver tatuagens escrito Ozzy, conheci até uma criança chamada Ozzy, enfim, não deixar as pessoas esquecerem a emoção que é ver seu ídolo.
Mas… as anãs do rock estavam lá para me assustar, com suas mãozinhas pequenas. Tento superar meu medo. Falo oi. Sorrio, tremendo.
Ver milhares de pessoas, me deixa feliz, me faz ver que no fundo, meu trabalho vale a pena, algo deu certo, me dá de novo a droga necessária para encarar mais um show, mas um stress, de novo meu chefe insuportável.
Oh! Ozzy, me mantenha sobre o efeito desta droga até o próximo show, senão desisto. Olê, olê, olê, olê, ozzy, ozzy...
De volta a programação normal...

quinta-feira, 3 de abril de 2008

SOCORRO!

Ai Meu Deus!
Me mandaram atualizar meu blog e atualizei e com isso... Perdi os links dos blogs que gosto, perdi meu cachorrinho, perdi a dignidade e meu contador de visitas...
Alguém entende disso?
Eu só queria na verdade criar um logo lá em cima bem bonito... esta modernidade.

beijos
Re desespero

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Já?

Comecei a fazer isso por causa do Ju do “Que parte você perdeu?”, ele me fascinava com sua animação pelo que fazia, me encantou, me cativou e quando eu vi fiz pra mim um igualzinho, meio tímido, sem contar para os amigos fui entrando neste mundo, um mundo atual, moderno, ciber...
Com o tempo percebi que a minha vida nunca mais seria a mesma, tantas pessoas incríveis para desvendar, ler, me apaixonar. Tantos amigos para cativar, ajudar, compartilhar, rir, chorar de rir. Quantas histórias eu poderia me identificar, me espelhar e me inspirar.
E o meu mundo nunca mais foi o mesmo. Com o "passei dos trinta" conheci, virtualmente, pessoas apaixonantes que sem elas minha vida seria meio chata, apesar de ter o Kiko como amigo, eu jamais saberia:
• Que Vanila Coke é quase que uma religião para a Ana;
• Que o Javier Bardem pode ser tão cobiçado pela Claudia, sem contar nos testes de que chocolate você é, ou que tipo de biquini e praia você deve freqüentar;
• Que um simples desenho do Bambi poderia causar um trauma tão grande em alguém;
• Que as gafes do Pinho fossem ser tão bem contadas por ele no blog;
• Que a Jô pudesse ser pior que a minha faxineira Bete;
• Que a Flor pudesse ser tão encantadora e ter uma dona tão criativa;
• Que em holandês se fala: Ik moet vandaag met mijn moeder spreken, entendeu MC?;
• Os desenhos da minha Kel sempre com um caderno lindo de ilusões;
• Sem contar os novos blogs que comecei a devorar, como o da Anna, da Paula, da Luna, da Camu, da Cris (Mulher solteira que eu ADORO!), o do MH, é uma bomba sempre me faz ficar feito louca gargalhando no meio da sala, a Dedinhos com seus textos muito bem escritos, a Flavia, com o menina de papel, a Vivi sempre carinhosa e delicada, o Bicó, velho amigo jornalista contando a sua vida de repórter neste mundão, a Bianca e a Bailarina que apareceram por aqui outro dia e espero que continuem… Muito obrigada por fazerem meu dia bem mais animado.
Ah! Obrigada pelos 10 mil acessos e por me aguentarem...

PS. Esta semana tenho shows para trabalhar (Rod e Ozzy), voltarei com histórias, mas desta vez sem deficientes físicos, espero...