segunda-feira, 27 de abril de 2009

Desculpa, culpa, culpa, culpa (ensaio sobre a gagueira)

Tadinho do meu bloguinho.
Tão abandonadinho.
Sem texto, nem novidades.
Tudo culpa, culpa, culpa de um musical.
E culpa, culpa, culpa, minha também por estar meio assim, assim, assim.
Volto logo, logo, logo.
Ou quando curar a minha gagueira que insiste em repetir os erros, erros, erros de uma vida desafinada.
Enquanto isso fica a propaganda, vejam a Bela e a Fera no teatro Abril. Está lindo, lindo, lindo de verdade.


http://www.belaeafera.com.br
foto João Caldas

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Feriado é bom…

Bom para dormir mais
Bom para passear com os cachorros na praça
Bom para ver Friends (o DVD completo)
Bom para comer croissant na frente da TV com meu maridinho
Bom para passar creme no cabelo e ficar 45 minutos de touca térmica suando
Bom para esconder biscoitinhos caninos pela casa para a “caça” começar
Bom para dormir no sofá de pijama depois do almoço
Bom para não carregar o celular
Bom para passar creme nos pés
Bom para ir ao cinema às 2 da tarde
Bom para lavar todas as calças jeans juntas
Bom para deixar o quarto escuro
Bom para sofrer pensando que o feriado vai acabar
Bom para lembrar que um dia você amou seu trabalho
Péssimo para ser chamada para acompanhar fotos no teatro até às 11 da noite.
Semana que vem tem mais feriado, não consigo mais imaginar a minha vida trabalhando 5 dias por semana.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Toc, toc, toc, tem alguém aí?

Após um dia exaustivo e insano de trabalho, na volta para casa resolvo mudar o caminho de sempre, pego o túnel e na saída, o mundo parou e a única coisa que eu via eram as luzinhas vermelhas dos carros, mas bem na minha fente, a luzinha mais forte e mais inspiradora, era a de um Jaguar. Porque todos os Jaguares são verdes, me intrigou isso enquanto pensava na vontade de fazer xixi, na manicure que não fui, no pneu que não calibrei, no regime que não fiz, no banho dos meus cachorros que não dei, o mercado que não fui, minha vida no trânsito se resume ao mundo de “check list” das coisas que não fiz por ter ficado 11 horas resolvendo problemas que não eram meus de verdade. E daí se o anúncio do Exaltasamba não está pronto, isso é problema meu? Não. É provavelmente problema de alguém que não precisa calibrar o próprio pneu. Olha, o Jaguar está dando seta, ele vai entrar à direita, ah! Bacana, carros bacanas sabem caminhos alternativos bacanas, vou atrás dele e assim chego em casa a tempo de, de, de, o que é mesmo que eu tenho que fazer em casa às 9 da noite a não ser chorar e refazer a lista de coisas que provavelmente não farei amanhã também? Viro à direita e sigo o Jaguar, carro fino mesmo, quanto será que este “coroa” paga de IPVA? Aposto que meu salário de um ano. Adoro estas casas chiques do Morumbi, se eu morasse aqui nesta rua que casa eu escolheria? Oba, “Me dê motivo” do Tim Maia. Ah! Sem dúvida aquela ali que tem muro baixo. Imagina só eu morando nesta casa? Como iria pagar a conta de luz? Teria que vender a PTK, tadinha, ela não poderia pagar, teria de prostitui-la. Imagina só a PTK de saia curta rodando bolsinha, fico rindo sozinha, opa, o Jaguar está acelerando muito, nesta rua deserta, se me perder dele, nunca mais volto para casa e nem poderei vender a PTK. Opa, lombada, olha ele aí, meu Jaguar amigo que me tira do trânsito. Olha só que muro alto, aposto que dentro tem um castelo e uns 30 cachorros, imagina que animação chegar em casa agora e ter 30 cachorros e limpar o quintal, ah! Teria escravos, ops empregados para fazer isso, olha que casa linda, mas nem as cortinas eu poderia comprar, só as janelas devem ter uns 12 metros de altura, 12 metros de tecido x 4, pois quatro alturas de tecido para se fazer uma cortina de seda…, faça me rir Renata, você teria uma cortina de seda se morasse nesta casa? As pessoas mudam mesmo é só dar um tiquinho de dinheiro a elas e você as pega pensando em cortinas de seda. Jaguar, Jaguar? Ah! Está ali. Será que o “coroa” é solteiro? Podia apresentá-lo para a minha mãe, afinal eu toparia andar de Jaguar de vez enquando para variar. Ele está dando seta, puxa, onde será que estamos, devemos ter cortado bem o trânsito, não vejo mais nenhuma luzinha vermelha, a não ser a do Jaguar, será que consigo fazer este caminho amanhã sozinha? Ué? Parou a rua? Ué? Será que é trânsito de novo? Quem são estes homens de preto abrindo este portão? Mal encarados, né? Onde o Jaguar está entrando? Na casa dele? E eu? O que faço no portão da casa dele? Será que eles acham que sou uma sequestradora perigosa que segue Jaguares pela rua? Onde estou? Amigo? Jaguar? Jaguar? Como volto para o mundo real?

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Boa ação

Eu dei muitos ovinhos de páscoa este ano.
Dei para minha vizinha fofa, para a chata também, dei para o porteiro da noite, dei para a moça que passeia com meus cães, a caixa maior da “Cacauxou” eu abri no trabalho para todos, os ovinhos de chocolate belga dei para a minha mãe, as trufas da minha irmã, estas eu comi tudo (foi ela quem fez!).
Eu fico muito boazinha na Páscoa e agora que quero comer um chocolatinho, um ovinho pequenininho, vi que repassei todos os meus para não engordar, droga!

Na locadora


- Moça, você tem Flashdance.
- Tenho sim está por aqui, o Patrick Swayze está uma graça neste filme.
- Ah! É mesmo, né?
- Mas você não acha que ele envelheceu rápido demais?
- Acho sim, coitado, teve câncer, né?
- Olha aqui o filme. Que casal lindo.
E eu ouvindo, tentando ficar muda. Tento, tento, tento não me meter.
- Adoro aquela cena em que ela senta no palco e a água cai.
Ah! Céus cala a boca Renata, se segura.
- Ah! É o máximo mesmo. Mas será que o Patrick Swayze é gay?
Não me aguento…
- Ah! Não, por favor, não embaralhem os filmes… Flashdance é aquele filme maravilhoso anos 80 total que a mulher dança de polaina e cabelo preto muito armado, e Dirty Dance é final dos anos 80 com o Patrick Swayze, e aquela moça nariguda, tá? Que tal você levar Footloose, assim não tem erro. – Tento sorrir, com ódio por dentro.
Odeio quando estou de TPM e embaralham os filmes.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Amo muito tudo isso

Estou apaixonada.
Completamente.
Não consigo parar de pensar, de querer ver, de cheirar, fazer carinho, beijar, suspirar. Ah!!!
Não consigo me imaginar longe.
Sorrio feito boba só de pensar em você.
Estou amando. Muito.
E o pior é que você nem sabe ainda.
Mas seu sorriso me desnorteia, desorienta.
Imagino o que você está fazendo.
Está dormindo?
Está rindo?
Está chorando?
Como pode do nada uma pessoa tão pequena, aparecer e entrar no nosso coração do nada e se alojar assim? Ocupar um espação apenas num sorriso sem dente?
É minha Lêlê, seremos grandes amigas, afinal, sou sua “Dinda” preferida, a que vai te encher de Barbies.



PS. Está é minha nova afilhada e sei que será tema de muitos posts.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Quanto vale o show?


Cada dia que passa eu odeio mais o meu trabalho.
Odeio as pessoas, o lugar, odeio o jeito de todos, odeio o rei na barriga das pessoas que se acham mais estrelas que os próprios artistas, odeio o trânsito, odeio o dono do estacionamento, odeio os restaurantes de sempre, ah! Odeio tudo que se refere a show.
Prometi para mim mesma que não veria mais nada que fazemos aqui. Que não iria a nenhum show, preciso saturar de vez, e como já disse trabalhar aqui é assim: você cansa, mas aí vai num show e é como se recebesse uma porção da sua droga, e volta na segunda animadinha. Para mim já chega, estou em abstinência. Abstinência mesmo. Não vou ver nada mais, nenhum show, nem uma peça, nada, nada, nada. Só vou na concorrência agora. E tenho dica boa!!!
Vejam a “Noviça Rebelde” no Teatro Alpha. Foi o espetáculo mais doce que eu vi nos últimos tempos. Tão gostoso que você sai de lá querendo entrar num convento, achar um capitão Von Trappe cheio de filhos lindos, fica com vontade de entrar numa aula de canto e cantar Dó, Ré, Mi, infinitamente até ficar muda, ou alguém te socar.
Corram, vão, vejam. E me chamem que eu vejo de novo e de novo e de novo.
Cantem comigo:
Gota de chuva, bigode de gato
Laço de fita, cordão de sapato
Flor na janela e botão no capim
Coisa que eu amo e são tudo pra mim

Doce na mesa e sol na cozinha
Bico de pato, chapéu de palhinha
Banda passando e soando o clarim
Coisa que eu amo e são tudo pra mim

Lona de circo, tapete de grama
Bola de neve e botão de pijama
Doces invernos chegando no fim
Coisas que eu amo e são tudo pra mim

Se a tristeza
Se a saudade
De repente vêm
Eu lembro das coisas que eu amo e então
De novo eu me sinto bem!

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Isso explica tudo

Sabe porque aos 34 anos continuo sendo apenas uma designer gráfica numa mega empresa?
Resposta: porque eu nem conheço os produtos que trabalho. É, isso mesmo.
Querem um exemplo?
Hoje às 3 da tarde fui fazer unha, afinal para que serve a tarde de quinta-feira? Na volta da unha, eu estava toda felizinha andando que nem uma pata (porque andamos como uma pata depois da manicure?) quando na recepção vejo um “motoboy” bonitinho, penso eu. “Puxa, dando um trato e retirando o coletinho, fazendo a barba… Até que dá para o gasto”.

É, este piloto da Stock Car precisa mesmo de um trato. É, eu sou designer da empresa que faz a Stock Car. É, meu grau de exigência é alto demais. É, minha vida não é fácil.
Como é mesmo o nome dele?

Foto divulgação

Breguice do dia

Adoro quando no caminho do trabalho para casa toca “Me dê motivo” do Tim Maia. E como a rádio “Velha FM” sempre toca as mesmas músicas nos mesmos horários, todo dia ouço, canto alto e às vezes choro.
Pronto confessei. Quem é a próxima?