terça-feira, 30 de junho de 2009

Reflexões aleatórias

• Ontem o William Waack estava de mal humor ou foi impressão minha?
• Precisava a “mãe” das crianças de Michael dizer que ele não era o pai de verdade? Alguém achava que aquelas crianças nasceram com o mesmo “vitiligo” do pai? Alguém fez “Óóóó” com mãozinha na boca com esta revelação bombástica?
• Luiz Fabiano será o novo Ronaldo na próxima Copa? Está na moda jogador com nome duplo, né? Daniel Alves, André Santos, etc. Saudades do Pelé, Cafu, Zico, era mais fácil de decorar.
• Éramos 8, agora somos 7, morreu uma das cachorras do Rê, tchau princesa Sissi, sentirei saudades de suas risadas de rotweiller, PTK será a única lady da casa.
• Minha mãe não consegue calçar meia no pé direito, então sai com um pé com meia e outro sem meia, e se questiono este novo modelito dela, ouço: "Melhor sentir frio em um pé do que nos dois". Faz sentido, estranho, mas faz.
• O som do meu carro quebrou, no trânsito agora não ouço “Me dê motivo” e às vezes os pensamentos do silêncio me atordoam.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Minha mãe contesta

Durante o intervalo comercial de algum programa na TV, o “Fantástico” fala de uma pesquisa e faz uma revelação bombástica: “Homem que se casa com mulher mais nova, vive mais.”
Eu e minha mãe na sala, ouvimos isso e o silêncio reinou, nenhuma palavra Dona Silvia deu por bons minutos e de repente ela solta:
- Pura mentira. Tio Eugênio tinha 63 e casou com Aldinha de 27, nem completou 1 ano de casado, morreu antes, coitado.

Produção do “Fantástico”, antes de fazer uma matéria destas, pergunte para minha mãe, pois com base em quê se afirma tal absurdo? Na vida do Tio Eugênio é que não foi.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Que horas são?

Já está na hora de mudar de vida?
É hora de viver mais e melhor? De se doar, se entregar, arriscar?
Já está na hora de dizer sim com gosto?
Já é hora de falar não sem medo?
De dizer que é tarde? Ou cedo demais?
Já é hora de dizer que o tempo passou? Ou que ele parou?
Já está na hora de não perder tempo? De amar por inteiro?
Já está na hora de viver perto do meu amor? Já?
Já é hora de me libertar, ser menos sozinha?
Já está na hora de me jogar na vida? Recomeçar?
Já está na hora de levar meus cães para a praia?
Todos os dias? Correr na praia? Com chuva?
Já está na hora de dar banho neles e tirar a areia?
Ver a sacudida de pelos e babas e mesmo assim sorrir?
Vamos já? Hoje? Agora? Quando?
Está na hora? Que horas são? É agora?
A hora é de viver.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Saudades do mundo sem Aquecimento Global

Tenho sardas. Muitas. Era tão bom ir pra praia bem cedo, íamos toda a família, munidos de água, comida, frescobol, baldinho, vara de pescar, ficávamos o dia todo lá no Recreio dos Bandeirantes, bem farofeiros mesmo, sem nos preocupar com filtro solar, boné, câncer de pele, camada de ozônio, o que é isso mesmo? Lá pelas 5 da tarde, depois de muito sol, meu pai sem prescar nenhum peixe, colocávamos a camiseta para cobrir os ombros roxos de sol e era hora de voltar pra casa, comprar “Solarquene”. E assim eram as férias em família. Praia, sol, muito sol, sempre.
Até nos mudamos para São Paulo, eu jurava que minha mãe era mulata. Mas com o tempo, a consciência, o aquecimento global, fui vendo que minha mãe não era mulata, meu cabelo não era aloirado, minhas sardas nunca mais sairiam, nem quero que saiam, pois cada uma delas traz uma recordação, de um típico verão dos anos 80 onde não existia camada de ozônio.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Ando devagar

Já tive pressa para aprender a escrever, para crescer, para amar, para casar, para me formar, para saborear, para trabalhar, para viver.
Hoje quero a vida leve, o amor sereno, o brilho singelo, o amargo doce.
Quero o sol do outono e o calor do inverno.
Quero que tudo ocorra lentamente para eu curtir cada segundo.
Quero que as manhãs durem o dia todo para que a praça com meus cães seja longa, sem hora marcada, só nossa.
Quero que a brisa venha e leve o meu peso. Meu choro. Meus sonhos.
Quero suspirar sem sentir uma dorzinha lá no fundo.
Quero não sentir medo do novo, do inseguro, do sofrido.
Quero a leve sensação de que recomeçar é bom e vale a pena.
Quero me olhar no espelho e lembrar dos sorrisos que dei.
Quero, quero… Quero tudo, mas quero sem pressa, pois ando devagar.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

FTP, bluetooth, sms, 3G, à cabo, google, google earth, cartomante, tarô cigano, avião, submarino, TV, DVD, videokê, digital, 7MB pixels…

Não venha me dizer que você entende algumas coisas da vida. Não me diga que tudo isso aí que está ao seu alcance, faz sentido, pois não faz!
Você liga um botão e click, aparece na sua frente imagens em movimento, sempre na mesma hora e ao mesmo tempo em todos so lugares do mundo. Como funciona a TV? Não me venha falar de antena, ondas, cabos, pois mesmo assim não faz sentido para mim? Uma pessoa sã, como eu, jamais iria entender isso. Acho que é coisa do além, assim como o fax. Fala sério, você entende como passa um papel por uma máquina e ele se teledivide e se teletransporta para lá do outro lado do universo? Não. Não faz sentido algum. E o telefone? Antes quando ele tinha fio, fazia algum sentido, mas o celular? Hello!!! Ondas celulares levam a chamada para o aparelhinho que está ali na mão de alguém em Paris (não conheço ninguém em Paris, mas podia conhecer, oras).
E este universo paralelo da internet? De qualquer lugar do mundo você digita passei dos trinta e bum, lê as baboseiras que eu escrevo. Não, alguém quer me enlouquecer.
Sem falar no microondas, na luz elétrica, no chuveiro elétrico, no carro que anda assim que você coloca gasolina, como um líquido fedido faz um carro andar? Ah! Socorro.
Se eu disser que o homem ir para a lua, dar um rolê, faz mais sentido que tudo isso tecnológico? Mas sentido “numas”, pois nem sei o que dizer de uma estrela está lá no céu há anos luz de você? Como assim? Se eu estou vendo a tal estrela, não venham me enganar dizendo que o que eu vejo foi uma coisa que me enviou a luz há anos luz, chega de me enganar? Nem o planetário explica!

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Sonho bom

- Tchau pai, boa viagem.
- Tchau filha.
Abraço bom, senti o cheiro dele, o abraço era tão apertado.
- Vou para Angola e não volto mais. - Ele disse.

Mas ele estava tão feliz, acordei mais leve, foi uma despedida gostosa.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

O maníaco do parque

Em certa praça do Morumbi, um negão sai correndo atrás da branquinha e pula nela com força, se desinteressa rápido e vai atrás do morenão grandão, leva um “olé”, vê mais ao fundo a loirinha com laçarotes cor de rosa e cabelos cacheados, corre até ela, sobe, descabela, arranca laçarotes, se desinteressa. Foca ao longe um pequeno magrelo, vai até ele, cheira, cheira, lambe, lambe, briga, briga, sobe, sobe…
Eu sentada com PTK embaixo da árvore na praça lendo um livro e ouço: “Olha lá, o maníaco do parque.”
É Zézinho, adorei seu novo apelido.