sexta-feira, 31 de julho de 2009

Aula de logística

Eletrodomésticos 110v ficam, 220v vão, roupas de frio ficam, faqueiro de prata fica, sandálias vão, protetor solar vai, ácido retinóico fica, gorro fica, botas ficam, casaco de couro fica, geladeira vai, estante fica, carro fica, PTK vai, Zézinho vai, Caramelo fica, cobertores ficam, edredons vão, coleira de veludo da PTK fica, ferro de passar fica, violão vai, caixinha de costura vai, plantas ficam, amigos ficam, rede vai, saudade vai, frio fica, sonhos vão e tristezas ficam.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

(parênteses)

Querida loja C&A não engane a gente, as pólos fashions, básicas, listradas e bla, bla, bla só ficam lindas no Rodrigo delícia Hilbert.
Filhos pensem se seu pai é o Rodrigo delícia Hilbert antes de comprar pólos de listras horizontais, elas engordam.
Mas o mais importante deste parêntese: quem tem um pai como o Rodrigo delícia Hilbert? O Antônio Fagundes não aceitou fazer a propaganda? O Tony Ramos? O Marcos Nanini? O Ronny Von? Eles sim tem cara de pai.
Isso é enganar e iludir nós consumidoras. Eu não tenho mais pai, por isso não vou no PROCON exigindo que meu pai fique lindo como ele, o Rodrigo delícia Hilbert.
Fecha parênteses.

Finalmente

Para mudar precisamos arriscar, dar o primeiro passo, ter coragem, respirar fundo e encarar o que virá para o bem e para o mal.
Depois de 4 anos trabalhando na mesma empresa, mesma função, mesmo salário, mesma desmotivação, mesma insatisfação era hora de mudar. Pedi demissão. Uia que medo dá falar isso em voz alta. Acredito que quando ficamos muito tempo paradas e acomodadas perdemos a noção dos nossos verdadeiros talentos. É como uma nova paixão, no começo, aquele frio na barriga a vontade de fazer de tudo para dar certo, vontade de se arrumar, usar o melhor perfume, a melhor roupa e depois que a paixão acaba e vem o amor, cuidamos dele com carinho, mas sem a mesma paixão e devoção, nos acomodamos naquela relação que nos paga em dia, mas não traz flores muito menos bombons, e esquecemos por momentos de como é bom amar e ser amado, como é bom o novo, se sentir viva, amada, cuidada e valorizada.
Durante 4 anos abri mão de muitas coisas por esta paixão pelo meu trabalho e este amor foi amornando até que morreu.
Estranho que não sinto falta de nada daquela relação, minha relação emocional com lá se perdeu com as pessoas queridas que foram embora e com o pulsar do novo virando velho, os desafios acabaram.
Enfim, hoje me empenho em resgatar a paixão. Resgatar meu marido, meu Fuka, meu sol, minha casa com fogão. Já sinto o cheirinho de feijão na panela. (não na panela de pressão que tenho pavor daquilo)
Me empenho em matar as saudades dos que vou deixar por aqui, a parte mais difícil deste novo desafio é deixar minha família. Minha mãe e seu colo me farão muita falta por isso tento me sufocar nele, os cuidados da minha irmã então, nem sei como dizer o quanto sentirei falta, mas crescer é isso, é se separar e continuar unido. É tomar decisões que vão traçar uma nova história. É criar um novo hábito de acordar e pensar, o que irei fazer do meu dia? Como farei este dia produtivo e feliz? Como aquietar meu coração da ansiedade da mudança, das relações simples que irei cortar. Já sinto saudades dos meus porteiros. Do meu apartamento. Do meu carro. Da banca de coco da PTK. De tudo o que São Paulo me deu de bom nos últimos 4 anos.
Arriscar tudo para viver um amor tem um preço. Preço que vou pagar com gosto. Pois ser amada, cuidada e valorizada é o que importa nesta vida.
Alguém precisa de uma desgner freelancer que vai usar o mar, os cães e o amor sincero como inspiração?

segunda-feira, 20 de julho de 2009

som de grilos... grgrgr

Prometo, prometo voltar esta semana. Varrer o tapete, sacudir a poeira, tirar o pó dos móveis e espantar os grilos.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Me, mim, comigo mesma

Ando numa fasezinha que vou te contar, viu? Sabe aquela fase besta? Onde tudo o que você quer é sair berrando pelada pela Av. Paulista, pois pasmem senhores, sair pelada berrando pela Av. Paulista, não resolveria. Não. Não resolveria nada. E eu iria ter um problema a mais, pois seria presa, teria de pagar a fiança e isso não seria legal. Seria legal, mas daria o maior trabalho. Não, não vou fazer isso. Nem me dê ideia.
Mas voltando a fasezinha chatinha da vida. Ando numa fasezinha que vou te contar, bem eu já disse que iria contar na primeira linha do texto e nem contei, né?
Bem, eu ando chorona, ando chata, ando desarrumada, descabelada, cheia de cabelos brancos, magra demais, branca demais, emburrada demais, suspirando demais.
Não sei o que me espera. Sei que estou aprendendo a retomar o comando da vida e é difícil, viu? Sofrível. Ficamos muito tempo à deriva, indo conforme a banda toca, mas de repente você percebe que a banda desafinou e este desafino está incomodando os seus ouvidos, pirando os seus neurônios, praticamente te enlouquecendo e você se vê presa nos seus sonhos frustados, reclamando de tudo, lá, boiando naquele mar que você deveria chamar de seu, indo para o lado errado da vida que você deveria guiar. E, peraí (berra). Pega esta rédea menina. Ôôôôaaaa. Isso cavalinho. Calminha, calminha. Pára aqui que preciso pensar para onde eu vou, pois onde estou indo não está legal. Não. Não está. Vamos lá cavalinho, come este feno, isso, bonito, bonito. Eu vou tirar as mãos da rédea, mas não pense que vou deixar você me guiar, não, nunca mais. Sou péssima amazona, acho que vou a pé mesmo, assim o caminho será demorado, longo, lento, porém cheio de flores, florestas coloridas, barulhos de pássaros, beijos de cachorros, lambidas, rabos abanando, amor sincero. Na estrada da minha vida espero o verão, o sol, a grama molhada, as nuvens fofas. Não quero mais cair em barrancos inesperados de barro vermelho que suja e machuca. Quero ir atrás de algo que ouvi falar que existe e que tem um nome lindo: felicidade.
Se eu encontrá-la, aviso. Mas, que ando com uma vontade louca de sair berrando pelada pela Av. Paulista, ando, ô se ando.