sexta-feira, 25 de junho de 2010

A Copa do Mundo é nossa!

Vocês repararam como está todo mundo animado? Achando que já somos Hexa? Mas para falar a verdade eu acho que esta Copa do Mundo está parecendo uma pelada em um campinho da Varzea, com o Ibis entrando em campo para disputar o título da 5ª divisão. Sou só eu que vejo assim?
E como aqui não pega a Globo muito bem, tenho visto pela Band o que é um alívio de certa forma, pois não ouço a voz do Cid Moreira falando "Jabulani", que ainda estou sem entender o porquê daquilo, sempre acho que Mister M vai entrar em campo para fazer mágica e levo um susto e ainda sem entender revelo aqui que deve ser um estado avançado de gagazice, só pode ser. Com isso nem preciso ouvir também o otimismo exagerado de Galvão, mas como nem tudo é perfeito, sou obrigada a ouvir o Luciano do Vale chamando o goleiro, é o único gato de verdade da seleção, de Júlio Batista por três vezes seguidas, sem ninguém corrigir e para piorar existe o Neto como comentarista. Não sei o que é pior não, estou na dúvida ainda.
E eu que já estava de luto desde ontem quando meus queridos jogadores italianos voltaram para casa, tristes e cabisbaixos, sem um ombro amigo para consolá-los, vou ter que revelar agora meu lado brega, que fez meu coração parar por uns segundos que foi quando o Cristiano Ronaldo tirou a camisa, não deu tempo para contar quandos gomos eu vi, perdi a conta, a paz, a visão, vi que nem tudo está perdido, a Copa do Mundo pode ser nossa ainda, quando falo nossa, falo nossa, da gente de tem raíz portuguesa, sou uma Cintra, posso torcer por Portugal agora? Desculpe Brasil, mas está difícil torcer por Michel Bastos ou Ramirez, né? Não vou nem falar de Lúcio, tá?

quinta-feira, 24 de junho de 2010

É inevitável,

Impossível não pensar no famoso "e se". E se eu tivesse dito aquele não ou aquele sim, talvez. E se eu tivesse acordado mais tarde, dormido mais cedo, saido apressada ou feito tudo com calma. E se eu pegasse a rua errada, o sinal abrisse, o carro engasgasse. E se eu não tivesse te visto, não tivesse te ouvido, não tivesse te amado. E se eu optasse pelo duvidoso ao invés do certo, se eu escondesse meu sentimentos, meus medos. E se eu não escutasse, me calasse, aceitasse, omitisse. E se num certo dia eu tivesse desaparecido, mudado de foco, mudado de vida. E se eu resolvesse que era a hora certa e não a hora errada. E se a vida tivesse me obrigado a voltar atrás, juntar meus cacos, coração em frangalhos. E se na hora do adeus, eu tivesse dito até logo, até breve, te ligo amanhã. E se por causa disso eu estivesse sofrendo, angustiada, amedrontada. E se eu fugisse. E se eu chorasse. E se eu berrasse. E se eu implorasse. E se eu me materializasse, saisse do pedestal, perdesse meu ar misterioso. E se eu resolvesse ler ao invés de escrever. E se eu ouvisse tudo a seco, engolisse. E se eu acreditasse no seu para sempre. E se eu ainda te amasse, se ainda sentisse sua falta. E se... a saudades apertar e eu ainda quiser deitar ao seu lado durante a sesta? E se, meu pai, eu ainda acordar com saudades e pensar em te ligar? E se?

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Sou só eu?

Que toda vez que ouve o nome "Soccer City" ri? Estou me sentindo o Joey de Friend's.

terça-feira, 15 de junho de 2010

O amor, simplesmente acontece



Certo dia chovia, chovia muito, choveu dia e noite sem parar, choveu até alagar a rua, a praça, a cidade. Choveu. Chovia. E iria continuar chovendo.
O portão de casa se abre para meu marido sair, algo que veio com a chuva corre na direção dele, se protege em suas pernas, se agarra cheio de medo, o que será isso cheio de lama? Lembrava levemente um gato. Ele pega no colo e me acorda. Me mostra o que a chuva nos trouxe de presente, mais um presente com 10 cm de pelo, sem dentes, esfomeado e cheio de amor para dar. Dou banho nele, ou nela, não sabemos ao certo o sexo do novo amor da casa. Mas chamamos ele de little, little love, little gato, little cat... infinitos littles cabem nele, nome provisório mas que combina com definitivo. Serzinho provisório que chegou em uma casa cheio de provisórios que se tornam definitivos, conquistando seus espaços.
Quando foi apresentado aos outros gatos, todos sairam correndo com medo de tamanha falta de jeito do "little", menos a minha Biscoitinha que adotou ele com todo amor. Castrada não sabia o que era ser mãe, agora sabe. Deixa meu "little" mamar nela, mesmo sem leite. Dá banho nele, mesmo sem ter saído de dentro dela. Ama ele, mesmo sem entender o que é amor e para que serve o amor. Só sabemos que eu e Biscoitinha aprendemos juntas uma coisa: que o amor, simplesmente acontece.

*nota da blogueira: comunico a São Francisco que minha cota está encerrada, não aceito mais nenhum animalzinho aqui, entendido? Estamos conversados? Hein? Olha que te pego na saída.

domingo, 6 de junho de 2010

A Natureza Zeziniana


Zézinho, ah! Zézinho. Sempre o mais animado, o mais esperto, o mais safado. Sempre o que acorda mais cedo, briga mais com os gatos, come menos e brinca mais. Corre para pegar sagui, mata timbú, gatinho perdido pela rua... Sempre o mais cheiroso e barulhento. Sempre nos lembrando que a natureza dele é diferente da natureza canina normal. Ele não se entrega por um prato de comida e nem por uma cama quentinha, não. Ele não se rende aos chamegos normais que qualquer cachorro daria a vida, não. Ele não se intimida diante de hierarquias, convenções, hábitos, não. Ele é indomável por natureza. É dele. Ser livre.
Quando o achei, que dia feliz, chegou em casa e logo se apossou da varanda, do canto mais alto do sofá e do meu coração. Virou meu filho trabalhoso querido, um doce disfarçado de diabinho, um ser peludo que ronrrona e odeia gato, salta muito alto mas não é coelho.
Morar em apartamento com você era fácil, sem muitas tentações, mas foi só nos mudarmos para casa que você mostrou sua natureza Zeziniana e desde então haja vela aqui em casa, haja São Francisco para te proteger. Seu nome está embaixo de todos eles, trabalhando para salvar este ser a quem dei a sorte (ou o azar) de batizar de Zé, José, José Francisco, um legítimo filho de quem nunca foi convencional, um legítimo vira-lata que nunca será domado, apenas amado por seu jeitinho de ser.
Fujão, briguento, nervosinho, arisco, doce, levado, querido, gilosinho, que pela milésima vez fugiu de casa e me deixou assim, neste desespero, colada no portão, andando pela rua de pijama feito uma doida varrida. Ah! serzinho querido que se mistura com a gangue de rua mais safada que existe, se esquece da gente e de sua casa. Estamos te esperando. Com vela acesa, promessa para Seu pai, Seu Chico, e sorrisos querendo se abrir. Lágrimas paradas. Estancadas. Para serem soltas de alegria. Na alegria do seu retorno. Que espero que seja breve.