terça-feira, 30 de agosto de 2011

Tá na moda

Tá na moda falar mal de si mesmo, em troca de uns trocados. Tudo começou com Biafra na propaganda do Bradesco, depois veio o Cigano Igor na propaganda da Fiat e agora Anderson Silva com o Burger King.
Poxa, deve ser muito dinheiro que rola para Biafra ficar com aquela carinha no banco de trás do carro cantando e espantando os bandidos. E o pobre do Cigano Igor que aparece sendo um péssimo ator ao lado de Dustin Hoffman, vendo a atuação dos dois é de chorar o pobre do ator grandão de um papel só se esforçando para ser pior ainda do que ele já é. Mas, o Anderson Silva sendo sacaneado por sua vozinha fina foi o auge. Gente o cara é bom de briga, figura máscula que faz sobrancelha, mas sua voz fina deve ser motivo de certa vergonha para ele.
Talvez estas propagandas sejam uma tendência. Eu apoio, deve ser melhor que terapia. Sou péssimo cantor mesmo, e daí? Sou o pior ator brasileiro, e daí? Sou o cara cheio de músculos e voz fina, e daí?
Tá na moda.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

A arte de ser bobolhona (com teste de bobolhonice)

É duro confessar. Mas eu confesso. Sou uma bobolhona. Sou a maior bobolhona que já nasceu neste mundo ou pelo menos que eu conheça neste mundo.
Sabe aquela pessoa da novela, que só se ferra durante meses e somente no último capítulo algo acontece de bom para ela; depois de derramar lágrimas e mais lágrimas e quase desidratar? Pois bem... eu sou assim.
Sabe aquele filme "Mensagem para você", com a Meg Ryan, que ela é dona de uma livraria que não sabe revidar um xingamento? Pois bem, eu sou assim.
Sabe aquela pessoa que anda pela rua borboletando, sorrindo, cumprimentando os pássaros, os cachorros e os taxistas, mas quando você bate o olho logo de cara diz "Olha lá uma bobolhona?". Provalmente sou eu passando.
E sabe que atitude eu tomo nestas horas onde a coisa aperta, quando alguém duvida da minha palavra, quando alguém fica de gracinha para ver se me tira do sério? Peço licença e choro.
Por exemplo, quando a psicóloga doida me expulsou do consultório no ataque de médica doida, vocês sabem o que eu fiz? Chorei.
Mas sabem porque eu choro? Choro de raiva por não ser aquela pessoa bacana que sabe se defender. Não sei dizer "Não" em alto em bom som. Choro por ser uma bobolhona de 36 anos.
Saio como um cão sarnento, de rabo baixo, com o queixo tremendo, segurando as lágrimas até virar a esquina e ligar para meu nêgo: "Nêgo, eu sou bobolhona, buá, buá, buá". E ele responde: "Mas você é a maior bobolhona que eu conheço no mundo". Buá, buá, buá.
Mas vocês acham que eu desisto fácil? Não, não desisto, todos os dias volto para ser enxotada de novo, pois acordo pensando "esquece, vai lá, seja menos, menos, bem menos bobolhona. Reaja mulher". Só que é mais forte que eu.
Por isso amigas, se você responder a 1 sim do teste a seguir, pode fazer parte da minha turma das bobolhonas. Estou imprimindo carteirinhas, criando sites, botons, campanhas...
1- Se você está com uma suposta amiga e ela diz que você fez algo que não fez, e você vê que não adianta discutir, você vai embora, desiste e chora?
2- Se você está quieta no seu canto, alguém sorri para você, você sorri de volta e uma terceira pessoa acha que isso é teoria da conspiração e solta um comentário besta para implicar. Você ignora na hora e depois chora?
3- E se você sabe que uma pessoa esta mentindo só para te irritar, só para te tirar do sério contradizendo tudo que você acredita e o que você sabe que é o correto. Você sai e chora?
E se você respondeu nenhum sim, por favor, me ensina a ser a pessoa normal da novela, aquela da trama secundária que não chora tanto assim, ou a ajudante da livraria da Meg Ryan que nem precisa chorar pois o papel era bem pequeno e ninguém incomodava a paz dela.
Amigas bobolhonas ou não, vamos nos unir e me ensinar a dizer um belo "sai bobolhona deste corpo, ele não te pertence", vamos?

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Lá no fundo dói...

Lá no fundo dói ainda a saudade. Dói quando respiro fundo e seguro o ar para ele não me faltar. Te perder, me deixa ainda sem ar. Eu respiro, respiro, mas não tem ar suficiente no mundo que preencha meus pulmões. Inspira, inspira fundo, olha ali a dor aparecendo, de novo.
Nada adianta quando sinto a sua falta, fico dias com um vazio enorme, uma saudade que o tempo não amenizou, parece que o tempo nem passou, que foi ontem que te perdi.
Inspira.
Dói lembrar do seu riso moleque, da sua chatice constante, do seu falar sem fim.
Dói lembrar do seu monoassunto, do seu cheiro e seu cantarolar depois do banho.
Inspira.
Ainda sinto seu perfume seguido do seu "Oba, oba, oba".
Inspira.
Dói o seu vazio. Dói o seu silêncio. Dói as suas lembranças.
Dói lembrar do seu "Não entendo porque mora sozinha se liga o dia inteiro". Queria poder ligar só para ouvir isso e eu diria "Ah! É? Vou parar de ligar então". Inspira. Aí vinha seu riso e seu deboche "Quer falar com sua mamãezinha?"
Dói.
Inspira.
Sinto sua falta todos os dias. Queria aquele lugarzinho dentro de mim cheio ainda, aquele cantinho que você ocupava em mim. Queria ele cheio de você ao invés da saudade, e do ar que não preenche.
Cada dia uma nova lembrança, cada data uma nova importância, cada momento uma nova falta de ar e uma nova dorzinha se instalando.
Cada mar azul, cada lua cheia, cada dia dos pais, cada aniversário, cada conquista, cada derrota, cada bobeira, cada gatinho, cada novidade, cada fofoca, cada riso, cada choro, cada passo me falta você. Ainda. E quer saber? Lá no fundo ainda dói. E muito.
Queria acreditar em Deus, ou em um Deus que me fizesse entender o sentido desta dor. Queria que você viesse "puxar meu pé" como sempre ameaçou. "Ah! se eu morrer venho puxar seu pé". Mentiroso. Nunca veio. Te esperei. Para ver se a respiração voltava ao normal. Mas não volta.
Cada suspiro, cada brilho, cada comida, cada cheiro, cada sabor, cada travessura, cada cochilo, cada olhar, cada instante ainda me falta você.
Este post dói lá no fundo. Inspira. Passou o dia dos pais. Expira.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Amigos Imaginários

Faz um tempinho, li um post da Flavia do blog Bacanérrimo, que fica aqui do ladinho nos meus preferidos, falando de suas amigas imaginárias e até hoje me pego pensando em quantas amigas imaginárias encontrei pelo meu caminho também, esbarro em uma aqui, outra acolá, levo tombos, me levanto e vou em frente, pois no fundo viemos ao mundo para viver e nos relacionarmos.
Mas o pior dos amigos imaginários é que nos doamos de coração, acreditamos, damos sem querer nada em troca, pois amizade para mim é algo que se dá sem cobrar, se faz sem perceber, nos alegra e nos completa sem muitos esforços.
E com esta ideia fixa, meio jururu da vida recebo um recadinho da Kiki relembrando nossos risos diários e constantes sobre o nada, nossa cumplicidade estampada nas nossas caras, nossa amizade de riso e de choro, de altos e baixos, de anos e anos que nem a distância ameniza. Lendo as 2 linhas que ela me escreveu, me pus a chorar. Viver longe das pessoas que amamos é a parte mais difícil desta jornada.
Pois neste mundo novo eu não sou niguém, não tenho passado, não tenho cumplicidade, não tenho com quem confidenciar coisas que muitas vezes nem precisam ser ditas, pois bastava um olhar para ser entendida. Bastava um sorriso torto para entenderem, um abraço apertado para ganhar colo, um suspiro mais fundo para sentar ao meu lado e olhar de verdade para mim a espera do desabafo. De amigos imaginários eu não preciso de mais nenhum, os meus já me bastam. Não quero "oi, tudo bem", quero "oi, tudo bem???".
Então que tal circular por aí, hein? Vamos parar de mandar email? Hein? Hein?
Amiguinhos imaginários, vamos brincar de esconde esconde? Vou contar até 1000. 1, 1,25, 1,35, 1,78, 2, 2,10...

terça-feira, 9 de agosto de 2011

É pic, é pic

Hoje minha mãe faz aniversário, e como eu queria estar por perto. Queria o básico. Dar uma abraço, um beijo, olhar para a carinha dela, rir provavelmente de sua maquiagem torta ou de alguma coisa qualquer, pois se minha mãe tem um dom, é o dom da risada fácil.
Queria estar perto para me sentir completa, acolhida, amada.
Queria estar perto para achar sentido na distância.
Queria aquele cheiro conhecido, o gosto especial, aquele silêncio acolhedor.
Queria aprontar com ela alguma travessura que só nós duas entenderíamos o valor.
Queria uma guloseima escondida, uma escapada gastronômica, um olhar cúmplice debochado.
Por hoje ser dia de festa que eu aqui de longe fico com o coração apertado de saudade, suspirando, sonhando, desejando que o mundo nos dê muitos outros aniversários para comemorarmos juntas e infinitos outros dias para vivermos o de sempre, o básico que nos une, o de sempre que nos faz sermos felizes juntas.
Parabéns mãe por mais este dia, este ano de vida. Com amor.
Sua filha

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Ah, não! Ele vai cantar de novo?

Assistir a TV Globo sem um controle remoto por perto está se tornando muito nocivo aos meus ouvidos.
- Ah, não! Luciano Huck vai cantar a musiquinha do Criança Esperança? Cadê o controle? Cadê?
Minutos depois...
- Ana Maria Braga vai cantar, pega o controle. Pega Nêgo. Corre. Socorro!!!
Minutinhos depois...
- Não, Luan Santana ninguém merece, não vou ouvir isso de novo, cadê a %$#*@ do controle?
Alguém já conseguiu ouvir até o final os números? Achei que no meio do Jornal Nacional a Fatima Bernardes ia levantar e puxar o William para cantar, ninguém merece. Menos, muito menos.