sábado, 1 de fevereiro de 2014

Passei, passando, passarei



Este ano faço quarenta e pode ser que isso esteja me atormentando mais do que deveria adimitir, resolvi reler o "passei dos trinta", chegando a conclusão que na verdade eu me saí bem no final da história.
Errei muito, mas acertei algumas coisas. Perdi muito e ganhei outras mais importantes. Amei, odiei, chorei demais, fui profunda além da conta, sacana, livre e feliz. Assim como a vida deve ser, com altos e baixos e reviravoltas positivas.
Acho que comecei a minha contagem regressiva, tanto para o fim deste blog, quanto para o começo de algo: os quarenta.
Não sei o que esperar logo agora que achei que já tinha aprendido a lição e desvendado todo o mistério de não existir mistério algum para se envelhecer, estava lidando com os trinta muito bem, obrigada. Estava acreditando que este era o máximo que eu poderia chegar e que poderia lidar muito bem com o daqui pra frente. Aprendi que os vinte foram incríveis, os trinta estão sendo muito bacanas e espero que os quarenta sejam supimpa. E resolvi fazer deste ano uma espécie de "auto ajuda minha própria" para não enlouquecer no final.
Quando os trinta chegaram eu fiz minhas malas e voltei para São Paulo, estava na época morando em Recife, eu não estava pronta para ser nordestina era a minha resposta básica. Mas na verdade eu não estava pronta para nada: não estava pronta para ser casada, para ficar longe dos meus pais, longe dos meus amigos. Não estava pronta para ver meu pai envelhecendo. Não queria perder nada. Eu queria tudo que meus trinta poderiam me dar. Queria o marido perfeito, o trabalho dos meus sonhos, o salário merecido, queria um filho. E arranjei um blog, uns cachorros de rua, um marido distante e um emprego fútil. É, cheguei aos quase final dos trinta meio judiada. Mas acredito que consegui mudar isso e chego aos quase quarenta bem feliz e realizada. Os motivos?

Quase quarenta com dignidade: motivo 1 - Marido que é perfeito

Ele é meio estranho, todos falam. Adora psicopatas. Serial Killers. Tubarões. Cássia Eller. Jimmy Hendrix. Helicóptero. E cachorro. E gato. E todos os animais. Amaria ser policial ou bandido com a mesma intensidade, seria bom nos dois caminhos. Tatuou "respeito" no peito. E um ET na canela. Me traz café na cama e quebra a bandeja intalado na porta. Me faz rir. Me faz chorar. Me faz ver filme ruim de CIA FBI, só para testar meu amor, só pode ser. Ama ver mil formas de morrer tanto quanto eu. Mas hoje o motivo 1 para eu deixar o tempo passar e chegar aos quarenta menos triste é por saber que ele existe na minha vida.