Fui passar o final de semana no Rio a trabalho. Engraçado voltar para a minha terra agora só para trabalhar e em datas festivas, como gosto daquele lugar. Desta vez fiquei na Barra, pela primeira vez vou para aquela região com o intuito de dormir, pegar praia, trabalhar e fazer tudo por lá.
Após um dia inteiro enclausurada, dentro de uma casa de show e ter a oportunidade de ver Zeca Pagodinho no seu habitat, voltei para o hotel, e foi um pouco difícil dormir com o barulho do mar, devo confessar.
Logo cedo acordei e corri para a praia, que sábado ensolarado, fui com o fotógrafo que me acompanhou nesta viagem, ele no mar e eu na areia curtimos a praia da nossa maneira.
No decorrer da manhã, fui molhar o pézinho na água. Como é frio o mar carioca, será que quando eu era criança entrava lá sem ser forçada? Bem, mas voltando ao assunto, estou lá, de frente para o mar apreciando aquele azul, as ondas, os surfistas lá longe, quando chega um homem perto de mim com uma menininha de uns três anos e puxa papo.
- Ta frio o mar, não é?
Respondo que sim e quando olho para o lado percebo que a filhinha dele estava quase se afogando, ele corre, a socorre e me diz: - Até me distrai com a sua beleza.
Han? Ele quase afoga a filha para passar um xaveco?
Neste momento, o fotógrafo sai do mar e senta na minha canga e o homem lá, de sunga, uma filha quase afogada e me dá um cartão com o telefone dele.
O carioca é assim, não pensa, não tem medo de levar um não, nem de afogar a filha. Não mede esforços para te cantar e ser galante. Era quase coroa o homem, interessante, mas ele nem questionou se o fotógrafo era meu namorado, marido ou amante. E para falar a verdade algo me intriga até agora: da onde ele puxou aquele cartão? Da sunga?
Há 8 anos