Odeio, odeio, odeio pronto-socorro, prefiro morrer no quentinho do meu lar a ter que enfrentar aquele maldito corredor de vírus… Mas… Segunda-feira, eu com 39º de febre e dor de garganta…
Minha irmã me arrasta para o Hospital SL (vou manter o nome em segredo… rs), para ir pra lá me preparei do melhor modo que podia: Fui de pijama. De bolinha preto e rosa. Camiseta lilás. Blusa de lã amarela. Casaco vermelho. Meia cinza. All Star prata. Gorro cinza e azul com uma flor imensa na frente (por baixo cabelo lindamente esmagado). E bolsa de estampas florais predominando o verde. Linda assim. Cheguei lá. Tampei a respiração com a mão e fui até o “pega senha”, percebi que as pessoas me olharam um pouco torto.
Aí eu voltei para porta, é, prefiro ficar na friagem, ao relento à ter que ficar respirando aquele ar onde todos os doentes estão, chego no hospital com meus vírus e saio de lá com muitos outros vírus… odeio, odeio, odeio pronto-socorro… Bem, o que percebo é que nem todos lá devem estar doentes de verdade pois todo mundo está com os dois pés do sapato combinando, calça jeans, quem usa calça jeans doente? Quem? E quem coloca batom para ir ao hospital? Ah! De todos que estavam lá eu era a mais doente, eu fui feia e de pijama de bolinhas, merecia ter sido atendida primeiro. Mas não… fiquei 45 minutos na porta com o ouvido lá dentro para ouvir berrarem “Renata de Castro” “Renata de Castro” Quem é “Renata de Castro”? Tá, sou eu, entro tiro a pressão. Volto para a porta e espero mais 45 minutos e o médico berra “Renata de Castro” “Renata de Castro” Quem é “Renata de Castro”? Porque eles não lêem o nome inteiro nunca? O médico quando me vê, aperta minha mão com tanta força, tanta força que por uns segundos esqueci porque estava ali e a dor de garganta passou.
O resto é bla, bla, bla… O que importa desta experiência é:
Quando você está linda, com aquela roupa nova, cabelo penteado, feliz, você sai na rua louca para ser vista por alguém, pois hoje é o dia que você está linda, mas o que acontece? Você não encontra ninguém. Nem o padeiro.
Desta maneira horrenda, com cara de gripe e remela no olho, com certeza você encontra amigos antigos, ex vizinhos, desamores, amigos do marido, comigo foi diferente? Não! Óbvio que não!
Há 8 anos