domingo, 30 de janeiro de 2011

Ah! O verão.

Eu adoro o verão. Acho que nesta época as pessoas são mais felizes. As praias ficam lotadas, as pessoas tem cheiro de hidratante. Todo mundo fica mais bonitinho bronzeado.
Neste verão eu trabalhei muito. Minha irmã veio me ajudar, ficou um mês inteiro. A Fricotes bombou. Tiveram dias que ela ficou na loja e eu corri para casa para costurar mais. A loja ficou vazia, vendeu tudo. E eu costurava muito e no dia seguinte, vendia tudo de novo. Foi bom ver minhas criações sendo compradas, elogiadas e usadas. No aeroporto vi uma moça usando uma bolsa minha. Por Porto vejo algumas zanzando. Me deixa feliz. Me faz ter quase certeza do que estou fazendo.
Mas também, fui à praia todos os dias, sou filha de Deus, trabalho é bom, mas praia no verão é melhor ainda. Estou neguinha, só se vê os dentes.
Acabando janeiro, recebi duas propostas, para colocar minhas bolsas em duas lojas daqui, lojas maiores e mais bem estruturadas que a minha. Topei uma delas. E eis que agora a Fricotes é uma loja maior, mais legal, pagando menos de aluguel e dividindo a dura rotina de vender.
O que me resta dizer que agora vou trabalhar um dia e folgar dois. Talvez no meu sonho mais perfeito de vida isso pareceria surreal, mas como disse no meu post de Ano Novo, que venha um ano surreal. E olha ele aí chegando.
Com isso a minha primeira promessa de ano novo é que não tenho mais desculpas para abandonar este blog por tanto tempo, você perdoam? Perdoam esta pobre costureira que quebrou 8 agulhas neste mês?

sábado, 1 de janeiro de 2011

Na humildade

Este ano não desejei Feliz Natal para ninguém, nem Feliz Ano Novo. Não usei minha camiseta escrito "Eu acredito em Papai Noel". Não me senti no Natal, nem mudando de ano. Mas foi um ano bom. Muito bom.
Na galeria que eu tenho loja teve Papai Noel toda noite, ele descia as escadas, ao som de uma música da Disney (???), sentava em sua cadeira e ficava distribuindo doces e berrava. "Se Papai Noel não der seu presente, chora neném" Hohoho. Medo. Muito medo.
Rolaram muitos freelas gostosos de fazer com um amigo mega querido. Fiz marcas para lojas daqui de Porto. Abri uma loja que me orgulho muito, ela é linda. Foi um ano cheio de emoções. Tive perdas. Tive ganhos. Mas o saldo foi positivo. Hohoho.
Escrevi menos que gosto. Corri mais que devia. Trabalhei mais que pensava. Mas foi bom. Emagreci. Engordei. Emagreci. Fiz aula de surf. Criei gatos. Mudei de casa. Fiz amigos. Muitos. Bons. Conheci gente. Muitas. Boas. Tirei meu piercing.
E para fechar um ano meio surreal, vou usar Otto como exemplo. Aliás segundo post do blog dedicado a ele. Peraí que já chego lá.
Fomos em uma festa de Serrambi. Praia perto daqui de Porto. Muitas promessas. Festa com cascata de camarão. Não vi nenhum. Nem daqueles que só tem cheiro de camarão. Bebida a rodo. O Champagne acabou meia noite e dois. DJ maravilhoso. Tocando Celebrare. Ou cover de covers. Ou muito funk onde nem os próprios fanqueiros cantavam suas músicas e muito surreal foi ouvir "Whisky a go go" de algum cover do Roupa Nova. E mais surreal é ainda tocar o hino de Pernambuco no meio da festa, e todos cantarem "Pernambuco, imortal, imortal". Mas adoro o mundo surreal. Australian Pink Floyd, The Doors sem Jim Morrison... No banheiro tinha um quadro de um mamão, que prefiro não comentar o que ele parecia e nem entender o que um mamão estava fazendo no banheiro e não na cozinha.
Saimos da festa das falsas promessas. E fomos sentar na areia da praia perto da pousada, estava rolando uma festa de ricos e famosos. Ficamos na areia, apareceram amigos. Passou Seu Jorge procurando a chave da casa dele com uma outra celebridade que não vou falar quem era para depois não dar fofoca. Vou vender para Sônia Abraão. Ela ainda existe? Continuamos sentados. Chega Eric, aquele meu filho, 2º marido que morou conosco por 5 meses, longos meses. Demos risada. Apareceu Otto. É Otto, aquele cantor pernambucano bem doidinho que eu adoro ouvir suas músicas. E enfim, sou surreal também, oras. Eric diz: Otto, na humildade tira uma foto comigo? Na humildade ele tira a foto. Desencanamos da noite surreal na humildade, era hora de dormir.
Porto estava deserta, vazia. Mas as notícias de cidade pequena correm e soube de alguém que ficou de frente para o mar chorando, na humildade, sozinho. Otto canta para mim e não chora o mundo é surreal para quem quer muita realidade.
Que venha 2011. Meu cabelo acordou bom.
Bom ano a todos vocês, cheio de momentos reais e também sem realidade alguma, sem noção aparente, sem nexo nenhum, pois a vida merece ter certa dose de "nonsense" para nos equilibrar e nos mostrar que jamais saberemos o que é o certo da vida a não ser que Otto resolva aparecer para nos esclarecer a razão da vida, do choro. Na humildade.

"Vai teu corpo, leva de mim
Teu passado todo
Consolo
E ficar por aqui
Vai ter a quaresma na terra
E a guerra não deve existir
Só rima com escravos, não cravos
De bonitas rosas
Já que indaguei a mente e não a alma
Que bonita flor
Primeiro a imaginação
Depois eu poderia pôr
Você faz bem isso
Que te amo
Já que indaguei a mente
E não a alma
Elegi o amor" - Otto