sexta-feira, 29 de maio de 2009

O mini dragão branco

Vocês já repararam quantos filmes o Van Damme fez? É toda noite e madrugada no SBT, na Globo, na Record, na Band, sempre filmes dele… Fiquei intrigada, pois domingo era na Globo e no SBT simultaneamente nos prestigiando com estas pérolas de golpes de karatê, kung fu, onolulu...
Poxa, não existe outro ator que lute e tenha menos de 1,60?
Entrei no google e perguntei para o oráculo, Van Damme quantos filmes fez?
36 filmes. Isso, temos 36 filmes ruins soltos por aí.
Porque não temos 36 filmes do Gael?
Injustiça em caixa alta. E com exclamação. Três, hein?

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Vivendo na metrópole parte 3 - final de verdade, juro (cara crachá, cara crachá, carrega na catraca, carrega na catraca*)

Crachá, tá na moda, né? Só pode ser… Crachá para entrar, para sair, para abrir a porta, para rolar a catraca, para sair do prédio, para ativar seu banco de horas, para desativar a vida, os elevadores, os humores, a sociedade, ufa, o mundo de agora é movido pelo crachá.
Fazemos várias correntinhas felizes para fingir que é um crachá bacana. O meu tem fitinha “a Bela e a Fera”, muito bacaninha, de verdade… Mas quem eu quero enganar? Não acredito que para eu existir e entrar para trabalhar e rolar na catraca eu precise de algo que diga que eu sou eu, que diga que eu sou apta para entrar no prédio. Não acredito que isso possa ser tão importante assim. Não creio que todos nós temos que usar identificações, códigos de barra, validades, plaquinhas brancas com chip dentro que diz “Pode passar, entra, roda a catraca, aê, sabe rolar na catraca, sabemos onde você está e a partir de agora, todos seus movimentos serão friamente monitorados, já era mané”.
Cadê o “Bom dia Renata!” das antigas portarias?
Cadê o mundo pessoal e intransferível na capacidade de sermos únicos e a nossa palavra bastar para entrarmos num simples prédio?
Cadê? E olha que sou moderninha, modernex, e aquele blá, blá, blá, hein?

* Frases roubadas do Zorra Total e da campanha da Marta respectivamente.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Vivendo na metrópole parte 2 (o bluetooth como meio de diversão, entretenimento e pirlimpimpim)

Gastamos tanto tempo, nós com nós mesmos, a gente com a gente mesmo, minha neurose com a minha neurose, sua insegurança com a minha insegurança… Opa, isso é assunto para outro post.
Estava no teatro esperando a peça começar, quando meu bluetooth apita. “Oba mensagem”, adoro receber coisinhas por bluetooth, sou moderna, modernex, moderninha, absurdinha, porque vocês sabem da minha frase clássica, “passou dos trinta, não se modernizou, piscou e tem quarenta”.
Recebo a mensagem de um tal de “Leo” e quando abro, é a imagem de um camelo. Sim, um camelo. Porque alguém manda um camelo para os outros dentro de um teatro? Ó senhor, porque? Porque? Sou moderna, modernex, moderninha, absurdinha, demais para entender, enfim…
Como não recebi resposta dos céus, deixei o “camelo Leo” lá, perdido no meu celular, até que achei uma maneira de usá-lo.
Resolvi repassar no trânsito, na espera do consultório, na fila do banco, qualquer momento que estou de bobeira, repasso a imagem, é de graça e me divirto horrores vendo a reação dos outros, porque pra mim tem coisas que tem poder, tem dizeres que são para serem cumpridos ao pé da letra e o meu é: passa adiante senão vira camelo.*
Vai que era mandinga? Me livrei da minha parte.

*Livre adaptação de acordo com a necessidade da blogueira.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Vivendo na metrópole parte 1 (regra de nocão básica de convivência social no trânsito)

De novo, eu no trânsito, na Berrini.
Entediada como sempre. Olho o carro na minha frente tem DVD. Uau, passat audi* com DVD. O malandro é malandro. Que delícia ver um DVDzinho no trânsito, né? Ops, o que ele está vendo? Não ele não tem vidro fumê… opa.. Ele está vendo um filme? Que flime? Um filme pornô? Sim. Era pornô. O passat audi tava mandando ver na hora do rush.
Regra número 1 de etiqueta no trânsito: quer ver DVD, veja, mas não veja filme pornô no seu carro sem insulfilme ou com insulfime. Simplesmente não. Pense bem e NÃO. Não é viável, não, não é aceitável.

*passat audi, é aquele passat velhinho que no lugar do símbolo do passat o dono resolve colocar um símbolo do audi, porque em alguma tribo é bacana fazer isso.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Teoria da conspiração

Este ano engordei. Uns 5 quilos. Ou mais. Muito mais. Talvez uns 10. A culpa é que tive muitas festas, muitas comemorações, muitos casamentos, muitos jantares, muitos batizados, mas a culpada maior é da Dona Beija, cozinheira da minha mãe, que faz coisas incríveis e nos mima com palha italiana toda semana, ou bolo de fubá para tomar com cafézinho, ou qualquer outra guloseima.
Tá… blá, blá, blá, a culpa é minha mesmo, que ando mais ansiosa, comendo mais que devo, almoçando mais que mereço, jantando Nuttela com bisnaguinhas Panco. Confesso. Pronto. Felizes? Tudo culpa minha.
Mas, também, quando resolvi criar vergonha na cara, joguei fora tudo de gordo que tinha em casa, fui comprar alface e cenoura. Acordei cedo para caminhar e no meio do caminho, meu tênis desgrudou a sola e tive que voltar que nem mula manca para casa. Agora me diz? Isso não é teoria da conspiração ou o que? Culpa do tênis que usei demais ou que ficou muito tempo parado? Ainda não achei a resposta, só sei que super bonder nele e amanhã é um novo dia para recriar coragem de caminhar, comer alface e acreditar que depois do 30, o que são 5, 10 quilos a mais? O que são 80 cm de cintura? Nada, perco num piscar de olhos. Olha, pisquei. Já devo estar mais magra. Vai um chocolatinho aí? É light!

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Diálogo desperdiçado

40 minutos de trânsito na Berrini, no carro atrás do meu, um pai e uma filha, nenhuma boca se mexeu, por muitos, muitos minutos. A filha, uns 30 e tralalá e o pai, cabelos brancos.
Cada vez que eu olhava pelo retrovisor, me dava uma agonia, uma dor e uma saudade. Com meu pai era impossível desperdiçar um diálogo, ele nunca deixaria. O silêncio não fazia parte da sua vida. Se estava sem assunto, ele inventava uma mentirinha, se nada vinha à cabeça ele contava algo repetido, ou elogiava a obra da Ponte Estaiada ou falava sobre a casa de passarinho de vidro que ele queria montar para ver os passarinhos nascerem.
Olho de novo e atrás de mim, nada de conversa, ou olhares, ou risadas, minha vontade era levantar do meu carro, bater no vidro deles e dizer: “Pelo amor de Deus, conversem! Qualquer coisa vale, mas conversem”.
Quando meu pai usava verde, eu o chamva de “Grilo Falante”. Como ele falava… Acho até que por uma certa carência, pois os momentos que estávamos juntos ele tinha que contar uma semana inteira de histórias que ele inventou ou dos trabalhos que fez. Era muito assunto para colocar em dia.
Mas, naquele dia, quis ser aquela menina do carro, desperdiçando aquele diálogo, pois pelo menos eu teria ele por perto. Mudei de pista, não aguentava mais ver aquela cena e aquele diálogo não acontecendo. Odiei aquela filha. Aumentei o som, estava tocando a música dele, cantei bem alto. Neste último ano, minha vida ficou silenciosa demais. 1 ano de saudades.

“Mas que nada
Sai da minha frente
Eu quero passar
Pois o samba está animado
O que eu quero é sambar
Esse samba
Que é misto de maracatu
É samba de preto velho
Samba de preto tú

Mas que nada
Um samba como este tão legal
Você não vai querer
Que eu chegue no final

O ariá raió
Obá obá obá”

Ah! O final da música ele repetia 80 mil vezes…

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Peteka, Fuka, Zé, Caramelo & Eu

Ontem assisti finalmente Marley & Eu. Após longo preparo psicológico aluguei este filme, acompanhado de chocolate e cachorros.
Sei que os cachorros envelhecem mais rápido, vivem menos, muito menos que gostaríamos, mas ver este filme me fez ficar relembrando os momentos que coexistimos na mesma bagunça, no mesmo amor, no abraço, na alegria...
Ter cachorro, é nunca ter a casa arrumada, é nunca ter um sofá branco ou uma parede sem roidinho no canto. É comprar uma poltrona nova e antes que você chegue em casa para admirá-la, encontrar o braço roído. É ter pêlo no travesseiro e dentro da xícara de café. É comer rápido algo gostoso e cheiroso, antes que a baba da PTK caia no chão até então limpo. Ter cachorro é chegar do trabalho e encontrar sua caixa de remédios inteira devorada (10 Tylenols, 1 vidro de Novalgina, pastilhas para garganta, uma cartela de pílula, Dramim, Buscopan e 1 caixa de Roacutan) chorar compulsivamente, ligar para Dr. Fabio, ficar 2 dias ao lado do peludo suicida que vai acordar, abanar o rabo e simplesmente nem lembrar que tentou se matar.
Ter cachorro é passar vergonha: outro dia PTK ou Zézinho soltou um pum no elevador que óbviamente entrou um vizinho, mas era um pum tão fedido, tão fedido, mas tão fedido que tive que me desculpar. Claro que até hoje o vizinho acha que fui eu ou meu marido que soltou o “cheirosinho” e incriminamos o coitado que não saberia se defender.
É sentir vontade de cavar um buraco e se enterrar quando um dia de praia com o Fuka ele avista uma bolinha com um menino, o menino estava com a clavícula quebrada em plena praia coberto de “Magipack” para não molhar o gesso, sua única alegria era suar e brincar com a bolinha que Fuka fez questão de pegar, estourar, rasgar e sair correndo.
É acordar em pleno domingo de frio mais cedo para curtir mais tempo na praça. É ter que ir na locadora se desculpar e pagar 150 reais pela 5ª temporada de Friends que você alugou, não viu, e a PTK achou legal comer. É chegar o catálogo da loja que você mais gosta e quando você sai do banho, vê as 200 páginas de moda e diversão devoradas pela sala e ainda ter que limpar tudo.
É esquecer a porta aberta e ouvir um berro seguido de um choro vindo da casa da vizinha, pois Caramelo entrou e comeu a carne que ela estava preparando para receber amigos no jantar.
É ter que usar seu pijama mais gostoso com furo na bunda, pois PTK odeia etiquetas em roupas.
Mas sabem de uma coisa? Ver Marley envelhecer e morrer, me acordou para o fato que um dia eles vão embora e um dia a cama vai ficar vazia, o travesseiro com menos pêlo, meus pijamas terão etiquetas e as coisas simples vão perder o sentido, pois a melhor parte de ter cachorro é viver a vida complicada, é descer para passear carregando, 2 coleiras, chave do portão, saquinhos plásticos, paninho para a baba, pote d’água, dinheiro para a água de coco da PTK ou para o cachorro quente que o Zé roubará de alguma criança e achar que tudo isso é normal, pois é normal ter cachorros, mas não é normal deixar que a vida rápida deles seja menos emocionante por causa da nossa vida de correria.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Noção (ou sem noção) de marketing

No sinal um menino chega para minha mãe e pergunta:
- Qual a capital da França?
- Paris. Minha mãe responde.
- Compra um chiclete para me fazer feliz? Ele pergunta fofamente.

Na mesma semana minha irmã no carro e um menino diz:
- Compra uma bala descabelada.

PS. Homenagem ao profissional de marketing pelo dia de hoje.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Dindinha


Foto do batizado.

Razão e sensibilidade

Ok, roubei o título descaradamente. Mas é uma história sobre a razão (eu, às vezes) e sensibilidade (eu, outras vezes).
A minha vida continua no mesmo dilema de sempre em que a razão diz: “Vai largar um empregão destes? E virar pescadora? Louca!”
E minha sensibilidade diz: “Vai embora menina, vai viver ao lado do seu amor, vocês dois juntos são tão lindos!”
Razão: - Como largar 4 anos de trabalho e pedir demissão, e depois você não é mais nenhuma menina, não vai arrumar outra coisa melhor.
Sensibilidade: - Você é artista, como seu pai diria, sabe criar, e em qualquer lugar precisam de almas criativas para o mundo ficar mais belo.
Razão: - Bonito na teoria, mas na prática…
Sensibilidade: - Seu marido é tão lindo, tão apaixonado, tão engraçado…
Razão: - Mas isso não coloca mesa. Ele vai continuar te amando se você largar tudo virar a esposinha que não faz nada em casa, engordando, ficando bronzeada e chorando porque o macarrão que empapou?
Sensibilidade: - Calma, seu marido é dono de pousada, conhece muita gente você vai arrumar uns trabalhinhos de freelancer e isso vai te bastar.
Razão: - Ah! Trabalhar na beira da praia, numa vila com mil habitantes? Você faz musicais da Broadway, você querida, pode ser grande.
Sensibilidade: - Pense bem, você odeia seu trabalho, o mundo acha bacana trabalhar lá, mas você, odeia este mundo de alterego, você não se encaixa nisso, você é fofa, dá bronca sorrindo.
Razão: - Você vai se dar bem.
Sensibilidade: - Você vai ser feliz.

Temos que concordar que a sensibilidade seu uma porrada no estômago da razão. 1x0 para a sensibilidade.