terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Mais pra lá do que pra cá


Quando criança imaginava uma mulher de 30 como uma mulher madura, sabe? De comercial? Madura daquelas que tem uma casa arrumada, apenas um cachorro, filhos, emprego fixo, marido, cidade grande.
E cá estou com 36 mais pra lá do que pra cá, mais para "enta" que para "inta", às vezes achando que está passando tudo muito rápido e eu fazendo o quê? Vivendo como nos vinte? Arriscando muito. Mudando muito. Vivendo como a vida leva. Sem emprego fixo, arriscando ter uma loja que sei que não se sustenta no inverno de uma cidade de veraneio. Cheia de bichos. Rodeada de amor, porém sem tudo aquilo que me diziam que era o certo a se fazer. Quem disse que quero ser mãe? Quem disse que tenho que ser? Quem disse que a vida tem que ter o rumo certo e não o incerto? É incerto estar chegando lá na marca dos "enta" sem nenhuma segurança padrão? Ou é errado em plena terça feira "gastar" minha manhã na praia? Meu bronzeado está lindo. Minha havaiana nova é da Puca. É errado isso?
Mas estava lá, na praia, feliz, sozinha, ouvindo radio pelo celular, músicas de sempre, única rádio, toca Belo, juro. Mas ouvi algo que me fez sentir os anos se aproximando com mais leveza. O que ouvi? Uma música do Titãs. Epitáfio. Aquela que diz: devia ter arriscado mais, ter vivido mais, ter visto o sol nascer, devia ter complicado menos.... etc.
E querem saber? Depois da praia fui para a piscina, é, juro, nadei, boiei, dei risada sozinha, cheguei em casa e coloquei Mart'nália no último e dancei. É sambei comigo mesmo, sambei meus passos sem ritmo, sem harmonia, dignos de quem nunca soube sambar, mas queria saber. Queria saber sambar o ritmo mais bem ritmado do mundo, pois se a vida está sem ritmo certo parecendo um jazz, porque não misturá-la com um sambinha? Sei lá. Só sei que faço sim 36. Coloquei um shortinho branco. Que ousadia. Sai na rua com ele. Fui com meus cachorros na praia, eles nadaram, eu ri, muito, quase chorei, eu estava feliz, pois a vida não tem rumo, nem quero que ela tenha. Se estou errada não sei, mas gosto de saber que daqui há 4 anos estarei em algum lugar incerto comemorando meus 40. Mas não me venham dizer que meu ritmo está errado. Não quero saber. Qual seria o ritmo certo. Se é um sambinha de raiz ou se é um jazz desengonçado. Quero só continuar respirando sem estar aprisionada entre 4 paredes e saber que cada dia eu faço das minhas 24 horas o que eu quiser portanto que esteja feliz. Em breve o blog: passeimesmodostrinta... rs

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Notícias do interior


Enquanto no Rio o Bope sobe morro, muitos traficantes presos, fugidos, caçados, escorraçados e as drogas? Toneladas apreendidas, muitas mesmo, 50? 60?
Aqui em Porto a vida segue agitada também. Outro dia foram apreendidas 50!!! Isso mesmo, 50 quilos de maconha e para ter certeza de toda esta quantidade exata apreendida, foi preciso ir até a peixaria para pesar. Isso mesmo na peixaria. O Rio que se cuide... Bope, vem nos salvar. Onde vamos pesar os peixes agora?

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Marmelada de banana, goiabada de marmelo


É engraçado ver o que um caju causa nas pessoas daqui. É comum nesta época do ano ver alguma senhorinha sacudindo uma árvore para cair um cajuzinho, tadinho, lá de cima que está maduro mas não quer ser comido ainda. Parece que a cidade se transforma em um grande Sítio do Pica-pau Amarelo no epsódio "O caju está maduro".
Tem o grupo que vai a caça dos cajus armados de redes de proteção e varetinhas com garrafas pet na ponta para tentar pegar as frutinhas sem danificá-las.
Outro grupo que se vê são os amigos do Pedrinho, ainda no clima do Sítio, que sobem na árvore ficam comendo e jogando a castanha na cabeça dos passantes.
Eu na verdade não gosto de caju mas adoro o cheirinho que ele deixa na cidade.
Só uma dúvida paira no ar: onde está a Dona Benta para cozinhar para mim?

PS. Foto do site www.sxc.hu
PS2. Seguindo dica de um leitor, passarei a ilustrar mais meus textos...