Tenho uma vira-lata nascida e criada no mangue. Achei ela no lixo, e desde que chegou em casa conquistou pelo seu jeitinho único de achar que é poodle, mas não é. Pesa 35kg, mas acha que pesa 35g. É loira, alta e quando passa na rua as pessoas a chamam de Gisele (por causa de uma modelo famosa…) eu como sou mais íntima a chamo de Gi, ou Rebeca, mas o nome é Peteka com K.
Apareceu na minha vida num momento complicado, quando eu morava em Recife e queria voltar para São Paulo, meses depois vim com ela de avião pra cá, passagem mais cara que a minha e fiquei 6 meses na casa dos meus pais enquanto ela crescia, e crescia. Virou menina do Morumbi. Pinta a unha no pet shop, usa lacinho, coleira pink e toma floral.
Apronta muito, faz bagunça o dia todo, é feliz. Mas quando eu chego em casa, ela se coloca de castigo quando sabe que estrapolou na bagunça ou me cobre de beijos se se comportou. O sofá de casa tem uma parte afundada que é o cantinho dela, o cantinho da princesa.
Já foi atropelada, mancou 10 segundos e voltou a andar, já teve babésia, mas sobreviveu, já teve ataque epilético, mas passou. É solidária, se encontra um cachorro pequenininho, deita no chão para não assustar.
Gosta de brincar de “dar bote” e fica feliz. Levo muitos “botes” desprevinida e vivo roxa e com dores pelo corpo por causa deles, me derruba na rua quando está emocionada e feliz demais, mas não ligo, pois na hora de dormir ela coloca a patinha dela em cima da minha mão e suspira.