Crachá, tá na moda, né? Só pode ser… Crachá para entrar, para sair, para abrir a porta, para rolar a catraca, para sair do prédio, para ativar seu banco de horas, para desativar a vida, os elevadores, os humores, a sociedade, ufa, o mundo de agora é movido pelo crachá.
Fazemos várias correntinhas felizes para fingir que é um crachá bacana. O meu tem fitinha “a Bela e a Fera”, muito bacaninha, de verdade… Mas quem eu quero enganar? Não acredito que para eu existir e entrar para trabalhar e rolar na catraca eu precise de algo que diga que eu sou eu, que diga que eu sou apta para entrar no prédio. Não acredito que isso possa ser tão importante assim. Não creio que todos nós temos que usar identificações, códigos de barra, validades, plaquinhas brancas com chip dentro que diz “Pode passar, entra, roda a catraca, aê, sabe rolar na catraca, sabemos onde você está e a partir de agora, todos seus movimentos serão friamente monitorados, já era mané”.
Cadê o “Bom dia Renata!” das antigas portarias?
Cadê o mundo pessoal e intransferível na capacidade de sermos únicos e a nossa palavra bastar para entrarmos num simples prédio?
Cadê? E olha que sou moderninha, modernex, e aquele blá, blá, blá, hein?
* Frases roubadas do Zorra Total e da campanha da Marta respectivamente.
Há 7 anos
14 comentários:
Amei a trilogia "Vivendo na Metrópole". Acredite: mesmo assim viver na metrópole tem suas vantagens enooormes... Um dia eu faço um "Vivendo na Roça" pra vc ver que deprimente... :-p Saudade da cidade grande! Beijos, Re! Adoro ler seus textos.
Renata, não vai demorar muito pra vivermos como no livro 1984...Se não forem os chachás, srão as camêras e da-lhe Big Brother!
bjs...
Pri,
nunca estamos satisfeitas, né? Mas precisa tanto crachá? Escreve o vivendo na roça, vai... quero ver....rs
beijos
Roberta,
Será? Que medo....
beijos
Re
Absdurdinha, pior do crachá eu acho é aquele povo que fica andando pra lá e pra cá pela rua com o craché pendurado.
Se é horário de almoço, até passa, porque afinal, a pessoa vai voltar pro escritório e deu preguiça de tirar.
Mas à noite, no salão de beleza fazendo as unhas, ou num barzinho... pra que mesmo hein?
Também preferia o bom dia de antigamente, até porque crachá nunca foi necessário em épocas de bons porteiros, eles sempre foram capazes de reportar nossa vida com uma incomparável eficiência!
beijo
Oi Re,
Concordo com vc.
Na empresa em que trabalho hoje não tem crachá, aqui ainda vale o "Bom dia, Anna".
Mas numa outra em que eu trabalhava há alguns anos eu usava crachá, logo no primeiro dia em que me deram o crachá eu, não acostumada com o tal, saí pra ir para casa com o dito cujo, só fui entender que eu de fato não conhecia o rapaz que me cumprimentou na rua e me chamou pelo nome quando cheguei em casa e notei que estava com o crachá pendurado. Nunca mais na vida esqueci de tirar o crachá.
Beijo
Putz, sinceramente, re...
tb me considero moderninha, modernex...a partir do momento que gosto de cultura, artes e sou antenada ao que ocorre no mundo (claro, na medida do possível em que tenho tempo de ler notícias. até aí, ok).
Mas sabe, eu DETESTO algumas modernidades, tipo crachá (que eu SEMPRE perco), controle remoto pra entrar na garagem e o pior: CELULAR!
Vc está lá na sua privadinha, sossegada, lendo uma revista. Depois de alguns minutos, volta pra sua mesa e tá lá, 32 ligações não atendidas e a pessoa 'braba' pq vc não atendeu o celular enquanto estava lá no seu troninho...
Isso é só um exemplo do que o celular pode fazer com vc se vc não colocar um breque nele...
Meu Deuso!
beijo
O-D-E-I-O andar com esse troço pendurado o dia todo no pescoço, me sinto uma vaca com seu sino, a única diferença é que n faz barulho...e a semelhança é que n serve pra nada! e qdo eu perco dentro da bolsa? e qdo eu esqueço em casa? aff... já até desisti de compor looks legais com colares e tals pq o colar enrosca no crachá e vice-versa... enfim, NÃO AOS CRACHÁS DEFINITVAMENTE!
Rê, uma graça o seu blog. Nem vou seguí-lo. Vou perseguí-lo. Bjus. Manoel.
Menina, eu detesto crachás!!! Mas já tô vendo a época que vamos carregar identificações até nas pupilas, tipo Minority Report. Meda!
rê, foi por essas e por outras que eu me mandei pra botucas. mas a mudança precisa ser interna... percebi que sou mais modernosa do que eu imaginava e nem queria... rsrs.
Antes dei só uma olhada. Agora vou participar um pouco.
A propósito, Renata, passamos a ser um número. O objetivo da CRIAÇÃO é fazer o mundo para o HOMEM. Nós nos deixamos levar pela mídia e estamos sendo dirigidos pelo mundo. Despersonalizamo-nos. Acabou o "Olá, Renata...". Agora é: "Qual é sua senha?" Não podemos nos acomodar a isso. Vamos voltar a conversar mais, a sair mais, a curtir mais e enfim conhermo-nos mais. Beijinhos "chippados". Manoel.
kkk
Eu amei essa trrilogia Re!
Eu SEMPRE perco o crachá na bolsa.
E sim...é só isso que me irrita nele.
Pq ai eu fico la na catraca entalada..procurando no triangulo das bermudas que é a minha bolsa...o tal crachazinho..Afee.
Esses dias..fui numa empresa de RH. A mocinha não olhou pra mim.Pediu o RG cadastrou apontou a camera pro meu rosto..(como se aquilo fosse uma arma) me fotografou. E mandou eu colocar meu DEDO numa maquinha.
E amigaaa nada de cracha.Agora as catracas sao a base de digitais!!
Eu achava que eu era moderninha..modernex e blá blá blá..mas fiquei chocada com tanta tecnologia!
Bjoooo
Re,
Tb odeio essa história de crachá! Qdo troco de bolsa e esqueço em casa é um saco, tem q cadastrar um crachá provisório... Gentem eles sabem q eu posso entrar nesse prédio!!E eu não sou nem um pouco monerdex nem faça questão de ser, ahahah!
Obááá, vc vai vir ao Rio e vamos nos conhecer!!!!
Bjs
Fico feliz em ver que a insatisfação é coletiva...
Obrigada e beijos a todos pelos comentários... Estou na correria, vcs me desculpam nnão responder 1 a 1...
beijos
Re
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