segunda-feira, 11 de maio de 2009

Peteka, Fuka, Zé, Caramelo & Eu

Ontem assisti finalmente Marley & Eu. Após longo preparo psicológico aluguei este filme, acompanhado de chocolate e cachorros.
Sei que os cachorros envelhecem mais rápido, vivem menos, muito menos que gostaríamos, mas ver este filme me fez ficar relembrando os momentos que coexistimos na mesma bagunça, no mesmo amor, no abraço, na alegria...
Ter cachorro, é nunca ter a casa arrumada, é nunca ter um sofá branco ou uma parede sem roidinho no canto. É comprar uma poltrona nova e antes que você chegue em casa para admirá-la, encontrar o braço roído. É ter pêlo no travesseiro e dentro da xícara de café. É comer rápido algo gostoso e cheiroso, antes que a baba da PTK caia no chão até então limpo. Ter cachorro é chegar do trabalho e encontrar sua caixa de remédios inteira devorada (10 Tylenols, 1 vidro de Novalgina, pastilhas para garganta, uma cartela de pílula, Dramim, Buscopan e 1 caixa de Roacutan) chorar compulsivamente, ligar para Dr. Fabio, ficar 2 dias ao lado do peludo suicida que vai acordar, abanar o rabo e simplesmente nem lembrar que tentou se matar.
Ter cachorro é passar vergonha: outro dia PTK ou Zézinho soltou um pum no elevador que óbviamente entrou um vizinho, mas era um pum tão fedido, tão fedido, mas tão fedido que tive que me desculpar. Claro que até hoje o vizinho acha que fui eu ou meu marido que soltou o “cheirosinho” e incriminamos o coitado que não saberia se defender.
É sentir vontade de cavar um buraco e se enterrar quando um dia de praia com o Fuka ele avista uma bolinha com um menino, o menino estava com a clavícula quebrada em plena praia coberto de “Magipack” para não molhar o gesso, sua única alegria era suar e brincar com a bolinha que Fuka fez questão de pegar, estourar, rasgar e sair correndo.
É acordar em pleno domingo de frio mais cedo para curtir mais tempo na praça. É ter que ir na locadora se desculpar e pagar 150 reais pela 5ª temporada de Friends que você alugou, não viu, e a PTK achou legal comer. É chegar o catálogo da loja que você mais gosta e quando você sai do banho, vê as 200 páginas de moda e diversão devoradas pela sala e ainda ter que limpar tudo.
É esquecer a porta aberta e ouvir um berro seguido de um choro vindo da casa da vizinha, pois Caramelo entrou e comeu a carne que ela estava preparando para receber amigos no jantar.
É ter que usar seu pijama mais gostoso com furo na bunda, pois PTK odeia etiquetas em roupas.
Mas sabem de uma coisa? Ver Marley envelhecer e morrer, me acordou para o fato que um dia eles vão embora e um dia a cama vai ficar vazia, o travesseiro com menos pêlo, meus pijamas terão etiquetas e as coisas simples vão perder o sentido, pois a melhor parte de ter cachorro é viver a vida complicada, é descer para passear carregando, 2 coleiras, chave do portão, saquinhos plásticos, paninho para a baba, pote d’água, dinheiro para a água de coco da PTK ou para o cachorro quente que o Zé roubará de alguma criança e achar que tudo isso é normal, pois é normal ter cachorros, mas não é normal deixar que a vida rápida deles seja menos emocionante por causa da nossa vida de correria.

25 comentários:

Bel disse...

Lindo seu post!! Amo cachorro!

Renatinha disse...

Bel,
Obrigada... Eu amo meu filhos peludos...
beijo
Re

Pri S. disse...

Ai que lindo!!! :-)

Lembrando do filme, então, deu vontade de chorar.

Esses bichinhos são mesmo companheiros que enchem a casa de vida.

Bjos!

Deina Toledo disse...

Amei seu post!
Tudo compensa chegar em casa e ter aqueles olhinhos felizes e rabo abanando de felicidade simplesmente por nos ver chegar.
Bj

Renatinha disse...

Pri,
Lembro do filme e tenho vontade de chorar tb...rs
beijo

Dê,
Tudo vale, até os vexames que passamos...rs
beijo
Re

Paula Nigro disse...

Ter cachorro traz inspiração para um belo post...
Dorei!
Beijos

Renatinha disse...

Paulete,
Ter cachorro traz inspiração para a vida... Eles são tudo!
Obrigada
beijo
Re

Ana disse...

Lindo! Ter cachorro é um exercicio maravilhoso de desapego material... Ninoca trouxe uma alegria que minha casa não via há tempos e nem me importo com os rombos no sofa (nada que uma manta nao resolva...) as marcas de pata no lencol limpo, os pelos no banco do carro e ate dentro do meu olho, as havaianas e sutians comidos... nada supera a alegria e o amor que ela me da.
Em tempo: ainda não tive coragem de ver Marley... chorei de solucar no livro, imagine no filme...

Denise Egito disse...

Hahahahaha. Olha, eu já tive uma cachorrinha quando era criança, mas morava numa casa enoooorme e ela não fazia todos esses estragos não. =) Nem era preciso sair pra passear, pois havia um vasto quintal à disposição. Hoje optei por ter uma gatinha, mas ela é levada. Qualquer dia desses eu conto as artes dela. Adorei o post e concordo com a Ana: exercício de desapego, sem dúvida!!! =D
Um beijo

Renatinha disse...

Ana,
Vc me entende.... Aluga, assista ao lado da Nina, tenho certeza que quando o filme acabar, vcs duas vão se abraçar tanto....rs
beijo

Denise,
Conta... Adoro gatinhos também...
beijo
Re

Tathy Calza disse...

Lindo o texto, eu peguei mais uma cachorrinha em casa.
Agora tenho a Nina (uma fox paulistinha) e a Teka (uma viera lata loira e linda), e simplesmente concordo em numero, grau e genero com tudo o que está escrito nesse texto.
Mas, agora fala a verdade, tem como não amar aquelas carinhas linda e safados quando nos olham com o olhar mais amoroso do mundo?

Tem não!!!!

Amooooooooooo!!!!

vivi disse...

Re,
Como vc sabe, hj eu tenho o Toddy ( o toddão, aquele labrador marrom lindo). Ele está conosco já há 4 anos (foi adotado com 1). Antes dele, tivemos o Igor, um vira-lata marronzinho tb de mta personalidade que morreu um dia...igual ao Marley. Com barriga inchada e tudo...

Ficamos um período de luto...Não de propósito, mas com aquela tristeza no coração pensando: ''puxa, não quero mais cachorro pq qdo eles morrem, é assim. A gente perde alguém da família...''

Mas faz falta. E muuuita falta! E veio o Toddy...que vai um dia...e virá outro que irá um dia...

E cd um com sua personalidade sapeca...uns mais bravos, outros mais dóceis... Mas todos com o companheirismo e carinho de sempre, ne´!
Amo!
Beijo!

Renatinha disse...

Tathy,
Obrigada e que bom que existem mais pessoas que pegar estas coisas peludas para amar. Eles podem ser impossíveis de aguentar as vezes, mas na hora do amor, nada se compara ao que eles nos dá.
beijo

Vivi,
Pena que eles vão, mas sei que outros vem e em cada um amaremos uma caracterista distinta e assim todos se completam e entram na família preenchendo a lacuna mais importante, a do amor....
beijo
Re

Flávia D. disse...

Ter cachorro é a melhor coisa do mundo. bjão

Ana disse...

Parabéns, Re. Emocionei. Amo o Bóris, que infelizmente, nao mora mais comigo. Mas está com meu sogro. Morro de saudades das lambidas e das loucuras dele. Agora sonho em ter outro. E o meu grau de loucura é tanto que já fico apelidando os cães que passam na rua. Tem um que já ficou meu amigo... nem sei o nome do dono.

Carol Bernardo disse...

Adorei seu texto Re!
Ter um animal de estimação é maravilhoso!
Bjs :)

Unknown disse...

Não vi o filme nem li o livro, mas se meus olhos encheram de lágrimas só de ler o seu texto, não quero nem imaginar como seria...
Meu outro companheiro morreu com 15 anos... chorei tanto. É duro demais.

PS: Mais flatulenta que Brisa não existe. E já vi que é característica da raça, ou seja, vergonha na certa! :D

Cláudia disse...

Re, quem tem bicho sabe disso tudo. E sabe que nada disso é realmente importante, e que eles pagam tudo isso, e com juros e deixam crédito para muito mais, com a carinha de felicidade que fazem quando nos encontram.

PTK e sua água de coco é a melhor parte do post!

Em tempo: viu o filme, leia o livro (te empresto). Detalhes e mais detalhes que não tem como colocar no filme, você vai amar!

beijo

Renatinha disse...

Flavia,
É mesmo, né?
beijo


Ana,
É assim mesmo, quando temos o gene do cachorro ou do gato na gente, qualquer bichinho serve para ser amado...
Pega outro... vai?
beijo

Carol,
Estava sumida!!!
É tudo de bom, né?
beijo

Virgínia,
É duro amar tanto e eles partrem, né?
beijos

Clau,
Eu li o livro e odiei, acredita? Achei tão mal escrito, óbvio que chorei, mas sabia que ia amar este filme....rs
Estava sumida... Saudades de vc!!!
PTK agora entra na vendinha da nossa rua e pede a água de coco sozinha.... Eu mereço?
beijos
Re

IsABela araÚjo siLVA disse...

lindo mesmo esse post! me deu saudade dos tempos que a gilda agitava minha vida.

Cláudia disse...

eu quero ser a PTK quando crescer!

Larissa disse...

Aii, amo cachorros e esse post me fez de lembrar de como fiquei quando li o livro, nem gosto de pensar nisso...hahaha...
Mto bom seu blog viu, ja leio ha algum tempo..haah
bjusss

Dedinhos Nervosos disse...

Eu não vi ainda este filme, mas já ouvi falar muito. Como vc já sabe, eu tenho o Kiko, que é um gato, mas dá mto trabalho tb. Já corri com ele pro veterinário mais de uma vez e sei o que é ter um amor pelo companheiro de grandes e inesquecíveis momentos. Temos que aproveitar muito as alegrias que eles nos dão. Beijos!

carla curto disse...

ai Rê...amei! traduziu muito bem muitos dos meus sentimentos!

Paula Izabela disse...

Adorei o post! Gosto de cachorros, mas prefiro gatos. No momento, o meu está desaparecido e estou aqui na net tentando ocupar a mente p não enlouquecer.