Ah! Com o verão acabando me lembro de como era triste esta época do ano, começava a contagem regressiva para as aulas e a vida real. Significava ir embora para São Paulo e deixar lá no Rio minha amiga Lanica, minha tia Helena, minhas primas e um amor ou outro de um verão sempre inesquecível.
Foram amores gostosos intensos, ingênuos, que deixavam uma saudades tão grande que na época de adolescente parecia que nunca mais eu ia me recuperar de tal perda. Parecia que o destino me odiava e o mundo conspirava para eu ser para sempre infeliz. "Ó adeus meu amor de verão". "Trocaremos cartas", "Confidências", "Telefonemas", "Suspiros"...
Que delícia o drama de ser adolescente. Me lembro de um "amor" que eu conheci na Sumol, uma casa de sucos na Figueredo Magalhães com a Barata Ribeiro, trocamos olhares, nenhuma palavra, mas o destino fez com que na mesma noite numa boite (é era boite e não balada, pelo menos não sou do tempo da Discoteca, ufa) estivéssemos lá. Eu atrás dele no balcão pedindo uma água, provavelmente, quando ele se vira com sua cerveja e despeja tudo no meu vestido. Ao invés de desculpas ele me disse "Você, (suspiro) você estava na Sumol hoje." Estava, estava sim (sorriso). Pronto bastou esta coincidência da vida para eu ter certeza no auge dos meus 15 anos que era para todo sempre. Hoje o nome dele? Hum... não me lembro. Foi um verão inteiro de tantas juras, tantas trocas, tantos banhos de praia a noite, mas não lembro mais o nome. Assim como no verão seguinte eu iria conhecer o loiro do jiu-jitsu que morava na Nascimento Silva, tão poético morar na rua que morou Tom Jobim, ele chorou muito quando fui embora, lembro que ele era meio estranho, adivinhava minhas peças no jogo de dominó e guardava as unhas que cortava para queimá-las depois.
No outro verão foi a vez do cigano surdo-mudo que rendeu um post só para ele, depois provavelmente o mocinho que queria fazer exército. Ah! E teve também o futuro cirurgião plástico que partiu meu coração.
Era tão bom quando chegava o verão e esperar para ver que novo amor, no para sempre adolescente, eu conheceria, o que o calor de 40º das praias cariocas iriam me reservar...
Ah! Sabem que mesmo passando dos trinta, sinto falta do tempo em que verão significava mais, muito mais, muito além de dias sem escola e sem horários. Significavam dias felizes para me apaixonar e viver.
Há 7 anos
11 comentários:
Ai que lindo! Era assim mesmo! Os verões intensos, os amores que começavam em Janeiro, duravam até o Carnaval e esvaneciam no início das aulas. Justamente pra que o começo do ano escolar reservasse uma paixão novinha pra nós! Tão boa essa intensidade da adolescência! Saudadezinha boa vc me proporcionou com esse texto. Bjo!
Que delícia!
Adorei o que li. Senti uma saudade de bons tempos que não voltam mais.
Fofa!
Beijos
Que post delicioso... eu já me apaixonei muito nas férias de verão que emendavam o carnaval. Era semrpe a mesma troca de juras de amor. Agora fiquei toda melancólica...
Uma pena vc não ter ido pra Olinda... queria mto ter te encontrado. O carnaval foi ótimo, graças a Deus. Tenho tanta coisa pra contar, mas ainda tõ em Noronha... ahhaa
Beijos!
Oi Rê, tudo bem?
Ler o seu post me fez voltar a um tempo muito bom, em que eu era feliz e não sabia. Hoje, depois dos rompimentos que são tão esperados como nos romances da infância, a gente quer é distância de um novo começo. E como eu sempre digo: o frio na barriga do começo não compensa a dor do fim.
Beijo grande.
Oi Rê, sumi mas já tô de volta!!!Tudo acontece final e inicio de ano...vida desarrumada e agente naquela lombeira sem vontade de nada mas...não pude evitar de passar aqui, senti saudades dessas palavras tão gostosas...não me esqueça, passa lá no blog pra visitar. Imagino aí em Porto de Galinhas, que delicia essa época!!Não sabia que tinha uma pousada, quem sabe ainda faço uma visita...venha mais vezes me ver!!!ÊPA,era pra ser um coments que acabou virando carta!!!hihihihi, bjo gde
E eu que pensava que tinha boa memória. kkkkkkkkkkkkkkk
Delicioso Rê estas lembranças que vc traz...
Diria que minha adolescência foi um pouco mais tardia, mas aconteceu do jeitinho (ou quase) que vc descreveu.
Pra Vivi adolescente, muitas coisas também ficavam no campo imaginário, platônico...e só eu sabia como doía uma paixão não correspondida (coitada; ela nem sabia a que corresponder na época, hehe).
Parabens, Rê!
É uma deli´cia ler você!
Beijão e até jáaa!
AEEEE
Ai Re! Que romântica!!
Amores de verão..
Re
tem coisa que é inconfessável.
Tipo se apaixonar por um cara que guarda as unhas cortadas pra queimar depois.
Faz isso não, amiga, você tem um nome a zelar aí em Porto.
Mas já que já fez a m... e socializou o fato, por favor, um post exclusivo dedicado ao tema, explicando PORQUE o moço guardava as unhas pra queimar depois.
beijo
Re,
Eu morro de saudades da minha fase adolescente!
Como é bom lembrar dos sentimentos fortíssimos e paixões avassaladoras da época.
Aliás, eu tive muitas paixões na época, uma mais avassaladora que a outra. Algumas nem tanto, destas eu nem lembro muito mais, mas tem algumas que eu lembro até dos sonhos que eu tinha na época, encontrando o garoto por acaso no pátio do colégio, coisas assim profundas! Hahahahaha
Se eu pudesse voltar a esse tempo, faria tudo novamente igual.
Como diz a música dos Engenheiros do Hawaii:
"Se eu soubesse antes, o que sei agora, eu erraria tudo exatamente igual"
Beijão pro cê!
ai que saudades que deu lendo o seu post. Realmente o verão eram dias intensos, até a chuva era uma alegria. Dias bem vividos que hoje sinto muita falta.
Postar um comentário