terça-feira, 31 de agosto de 2010

Ser ou não ser

Estava vendo aí na lateralzinha do blog "quem sou eu". Puxa que pergunta difícil de responder, esta definição ao lado foi por um tempo completa, mas hoje não me competa mais, afinal, não como mais Nutella com bisnaguinhas, nem tenho uma solidão acompanhada, muito menos sou absurdinha hoje em dia, mas continuo amando mais escrever que ser designer.
Faz uma semana que me pergunto, quem sou eu para definir aí no cantinho do blog? Hum? Que dúvida. Mas vou tentar responder hoje e de hoje não passa. Quem sou eu?
Muito prazer, meu nome é Renata, alguns me chama de Regina e eu não corrijo, sou muito debochada para tal, moro em Porto de Galinhas, mas sou carioca de nascença e paulista de coração. Sou casada com um Renato, sagitariano como eu, somos muitos diferentes em algumas coisas, mas iguaizinhos em outras, somos doidos por animais ele não mata nem barata, eu sou menos radical. Moro aqui perto do mar, pertinho, tentamos virar surfistas, mas depois dos 30 a coordenação motora nos abandonou, virei costureira de bolsinhas, abri uma loja chamada Fricotes e vou tentar sobreviver dela, adotei 5 gatos de rua (Tom, Pudim, Biscoitinha, Little e Mini) e outros tantos me seguem. Tenho 4 cachorros, destaque especial para o Zézinho que rende muitos fios de cabelo branco nesta cabeça com mais de 30. Amo minha PTK (a princesa da casa), meu Fukinha (o nerd da família) e minha Tróia (mas conhecida como "a la ursa"). Tenho uma vida feliz com poucos amigos, porém sinceros, com muitas saudades dos que se foram porém sigo em frente. Sou corajosa, disso eu sei, vou onde posso encontrar minha felicidade sem medir esforços. Mudo de vida sem virar a cabeça para olhar para trás, só olho de rabo de olho, pois nada é para sempre neste mundo. Tenho uma mãe que é um personagem à parte na minha vida, Dona Silvia rende muitos posts. Ela chama as pessoas chatas de enólogas e as muitos chatas de Ed Motta. Tenho uma irmã que sinto muita falta dela por perto no dia-a-dia. Tenho um afilhado lindo e uma afilhada maravilhosa. Não tenho filhos, ainda. Amo escrever. Amo sonhar com meu pai. Queria sonhar mais. Sou devota de São Fransisco, mas nunca vou a igreja, não acredito em rituais nem em verdades absolutas. Não acredito em quem prega com palavras e não com atitudes. Acredito em ações. Acredito em educação. Acredito que a cada dia a vida pode ser melhor se existe amor. E eu vivo uma vida cheia de amor, lambidas e ronrons todos os dias.
Será que isso resume? Posso mudar o textinho ali do lado?

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

E ela achou bonito?


Jura que este é o novo padrão de beleza? Ela achou bonito e colocou silicone neste pequeno bumbum? Ela está achando que está bem assim? Bem natural ficou, não é mesmo? Eu processava este médico, e mais, olha a cara de sem graça do doutor cirurgião plástico que fez esta proeza.

Foto: tedouumdado

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Ah! Se eu te pego

Tem algum Santo lá no céu, que eu me recuso a dizer o nome, que anda gargalhando de mim, só pode ser. Já fiz várias reclamações dele aqui no blog, mas parece que ele não lê. E a cada dia que passa ele acha uma maneira de aprontar comigo.
Segue um diálogo real de minha parte, porém imaginário da parte da Mel, uma gata de rua safada.
- Oi Melzinha, bom dia, fazia tempo que eu não te via. Que barriga é esta? Está de quantos meses, hein?
- É sua humana estúpida, estou exatamente de 2 meses e hoje é o grande dia em que vão nascer seus filhotes.
Como não ouço o que ela fala, continuo na minha doce investida felina.
- Puxa Melzinha, come bastante para ficar forte. Pena que semana que vem eu vou me mudar de casa, senão eu tomava conta dos sesu filhos quando você trouxesse para mim.
- Ah! vai sonhando, humana, eu vou trazê-los para cá hoje mesmo.
- Lindinha, quer águinha fresca, entra, vou te colocar na pia para beber. Assim. Gostosa, né?
- Perfeito humana, tudo o que eu queria antes de parir era você apertando minha barriga para me colocar na pia.
- Isso, descansa um pouco antes de voltar para as ruas, eu já volto.
- Vai e traga toalhas quentes.
Minutos depois...
- Oi Melzinha, você não vai embora não? É? Quer conforto, quer ficar na minha cama um pouco, tadinha, está calor para você voltar para as ruas, né?
- Não sua estúpida humanóide, estou em trabalho de parto.
- Ah! Meu Deus, você não vai ter filho aqui, peloamordedeus, putaqueopariu. Na minha cama NÃO! No meu armário também NÃO, deita nesta caixinha.
- Trouxe as toalhas quentes?
Horas depois...
- E aí Melzinha, quantos filhotinhos são, posso contar? 1, 2, 3, 4, 5 e 6... Puxa caprichou hein? Dois loiros e quarto branquinhos malhadinhos. Vamos trocar de toalhinha para você descansar bem confortável.
- Ah! É bom ter esta humana estúpida por perto para me mimar.
Ainda te pego, viu seu Santo que eu não vou dizer o nome...

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Jacarézinho, avião, cuidado com o disco voador, tira esta escada daí

Nunca Jorge Ben Jor fez tanto sentido para mim, para vocês que acham que ele fala coisas desconexas é porque você nunca foi síndico de nada. Chame o síndico!!! Ops, a síndica.
Virei síndica da Galeria que tenho loja, não, não tenho pretenções políticas na vida, nem estou começando de baixo uma carreira brilhante no trato com o público, foi mesmo para economizar uns trocados, duros e sofridos trocados.
- Dona Renata, eu não limpo banheiro. - me fala o segurança noturno pela primeira vez.
- Odiei esta música.
- Renata, uma criancinha vomitou no corredor.
- Falta papel no banheiro.
- Tem gente chorando na mesa com este cantor, mande ele parar.
- Dona Renata, eu não limpo banheiro. - me fala o segurança noturno pela segunda vez em menos de 5 minutos.
- Passou um rato a noite pela Galeria.
- Porque você não contrata um saxofonista, tenho um ótimo por mil reais.
- Ah! Não vou pagar o condomínio pela loja que está fechada.
- Este cantor devia cobrar cinco reais por semana.
- Esta rua está escura.
- A planta vai morrer.
- Precisa de terra boa.
- Fertilizante.
- Não, ela tem que mudar de lugar.
- Dona Renata, eu não limpo banheiro. - me fala o segurança noturno pela terceira vez em exatos 2 minutos e meio.
- Esta mesa está no sol.
- Está chovendo muito.
- Lá em cima está sujo.
- O meu vizinho ligou a furadeira.
- Não quero pagar em dinheiro o condomínio.
- Ah! Corta o músico.
- Contrata um trio de jazz, tenho um por dois mil reais.
- Hoje é folga do vigia.
- Dona Renata, eu não limpo banheiro. - me fala o segurança noturno pela quarta vez em 1 minuto.
- Ô Seu segurança, vai limpar banheiro e não me encha? Vai?
Virei a Tim Maia da história, parecendo uma doida, desconexa, desengonçada, dançando sem ritmo, fugindo do compasso e pedindo arrego. Achando que vi mesmo um disco voador. Chamem o síndico!!!

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Meu nome é Renata


Nos anos 70 era moda usar colar com nome, de ouro sempre, com a escrita bem fininha. Minha irmã tinha um, eu não. Eu tinha uma pulseirinha gravada com meu nome, tive que me contentar com ela por poucos anos, pois o braço engrossou, a pulseirinha nunca mais coube em mim, aí, minha mãe me deu um anel que tinha meu nome, usei por uns anos até meu dedo engordar e nunca mais o anel coube nem no dedinho mindinho. Depois minha mãe me deu um colar que ela usava que era uma bonequinha com meu nome, mas todo mundo me perguntava se eu tinha uma filha, ninguém nem lia que estava escritro Renata. Enquanto isso, nestes anos todos, minha irmã tinha o nome dela, lindo, de ouro, ela nunca usava, acho que nunca usou para falar a verdade.
Até que no meu aniversário, minha mãe me deu o meu sonho de infância, meu nome gravado no colar. Ah! É tão anos 70. Adorei.
E sabe o que percebi tendo agora meu nome em mim "a la" Carrie? Que as pessoas se tornam suas amigas. As pessoas sabem seu nome, na fila do banco, na padaria, na loja, na praia, e te tratam como amigas. Achei ótimo analisar que se soubéssemos os nomes das pessoas o mundo se tornaria mais simpático. Seria como aquelas festas que vemos nos filmes americanos, onde colocam um adesivo com o nome na roupa. É muito mais simpático ter o colar. Todo mundo me chama pelo nome agora, até mesmo quem eu não conheço, e eu adoro isso.
Outro dia estava no shopping na fila do banheiro e passa por mim uma moça com o nome no colar. Ela me fala "Oi Renata", eu sem graça tive que para uns segundos para conseguir ler, depois de muito esforço, vi que nem para todos este colarzinho serve. Quem se chama Rosylmary? É, com dois"ipslongs". E com "L" no meio. Quem?