sábado, 26 de fevereiro de 2011

Eu queria ser a Tati Bernardi (faz tempo)

Não, não vou segui-la na rua.
Não, não vou plagiá-la, nem mudar meu corte de cabelo.
Não, não vou virar "Mulher solteira procura".
Não, não vou mudar de personalidade só para escrever como ela.
Não, não vou descobrir coisinhas da vida dela investigando o Facebook, Twitter, Orkut, Google.
Não, não vou virar psicopata para ser amiga dela.
- Quem é Tati Bernardi? Os desavisados me perguntam, eu respondo, é a dona dos melhores textos que li. Sabe aqueles textos que você lê e só consegue pensar na insignificância do seu vocabulário, da sua vida, do seu pseudo dom? "Porque eu não escrevi isso?" É o que sempre digo lendo ela. Que raiva que tenho. (vaca)
Queria viver os desamores dela e depois escrever textos tão intensos que me fazem ficar com raiva do moço que a rejeitou. Em outro texto, queria ser o chefe dela que estava no restaurante enquanto ela dava um dos melhores foras da sua vida.
Ela é neurótica, moderna, e se eu continuar escrevendo vão me achar meio doidinha. Leiam e me digam depois? Me digam que eu jamais serei a Tati Bernardi, por favor? Preciso me libertar.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Cordeleando no mundo moderno


Uma baronesa nunca confessa
Seus sentimentos mais profundos
Apaixonou-se por um rei e a casta não permitia
A casta não aceitava
Baronesa sai desta vida, sai de mim, vai viver
Baronesa ouviu, pois baronesa ouve e obedece
Baronesa foi viver
Foi esquecer que seu rei nunca seria barão
Talvez Conde
Título nobre demais para quem não merece
Rei disse: Vivo bem sozinho, não preciso de rainha
Baronesa disse: Serei feliz sem barão, sem rei, sei reinado
serei feliz sem vosmice para me perturbar
E assim saiu farrapando com a vida
Pegou a estrada até um vilarejo distante
4 dias de caminhada
As solas se gastaram
As forças esgotaram
Chegando lá, dormiu outros 4 dias e noites
E ainda assim, a vida farrapou com ela
Virou tabacuda
Virou abestalhada
Mas foi achar seu reinado
E na cidade da terra vermelha ela achou um moço e perguntou:
Vosmice quer ser meu barão?
Ouviu um não
Perguntou de novo para outro moço
Não
E de novo
Não
Até que ouviu um sim. Finalmente. Um sim
Baronesa casou e foi feliz com seu barão. Não no para sempre dos contos de fada, isso aqui é um cordel
Até que...
...na terra distante, um dia o tal rei percebeu que baronesa era mais importante que ele imaginava e que de nada adiantava ter um reino sem rainha, ter uma terra marrom, sem saber ara-lá e um palácio sem vida
Foi atrás da baronesa
Andou 4 dias e 4 noites até que achou seu novo vilarejo
Baronesa, quero te fazer minha rainha
Sua casta agora é a mesma minha
Baronesa olhou bem, pensou e disse:
Na sua casa tem Tv a cabo?

* Nota da autora: Era para fazer sentido este Cordel?

Fiat Lux


Finalmente acenderam as luzes da ciclovia daqui. Pois algo me intrigava. Tudo estava pronto faziam meses e nada da luz chegar. No dia que estava programado, faltou luz na cidade toda e nada da ciclovia se "alumiá". Não que eu pretenda andar de bicicleta, mas é a única novidade da cidade, preciso deixar vocês por dentro das novidades, oras.
Aí, um certo dia, fiat lux, acenderam as luzes e não é que elas estavam funcionando com o horário do Japão? Às 6 da manhã acendiam e às 6 da tarde apagavam e ficou assim por semanas. E eis que hoje, tcharam.... acertaram o fuso horário. Acho que devia ter uma plaquinha escrito "Made in Japan" e acharam que só funcionaria na hora deles, né? Vai saber...

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Menino do Rio

Meu pai adorava uma praia, ficava lá por horas, tomando sol, passando Banana Boat e comendo, ah! Como comia, comia de tudo, amendoim, pastel, empada, esfiha, picole, biscoito Globo...
Sentava em sua cadeirinha de praia e lá ficava. Vendo as mocinhas passar, vendo o movimento, conversando com todas as pessoas.
Certo dia o mar de Copacabana estava muito bravo, eu e a Kiki que não somos bobas, estávamos só na beira dele, molhando o pé e vendo os mocinhos passarem, quando meu pai chega:
- Meninas, entrem na água.
- Está muito bravo pai, eu não vou entrar.
- Eu também não, tio, olha como as ondas estão - disse Kiki.
- Que bobas, está ótimo o mar hoje - falou e saiu para se molhar.
Ele com seu jeitinho de menino do Rio entrou no mar e dois segundos depois levou o maior caldo, rolando nas ondas e pelas areias de Copacabana.
Eu e Kiki que vimos o espetáculo de camarote e nem conseguimos ajudá-lo de tanto que ríamos.
Hoje vi um homem no mar, na parte brava do mar de Porto, ele lembrava muito meu pai, gordinho e grisalho, entrou de lado como meu pai entrava para ter mais apoio. Ele não levou um caldo, mas a cena me pareceu tão familiar. Com excessão que eu estava sozinha na praia, sem aquela risada gostosa, sem aquele dia de verão em família, sem sentir aquele amor que estava sempre por perto, sem sentir que tudo ia ficar bem. Mas vai.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

O povo gosta é de sacanagem

Agora o blogspot tem estatísticas, lá na página que abre quando você se cadastra, sabem? Então, estava lendo quais dos meus posts são mais lidos e sabe qual foi a minha surpresa?
Liderando o ranking com 383 visualizações um post lá de 2006 chamado "Noite dos Leopardos"
Em segundo lugar, mas não menos importante o post "Meu vizinho é gogo boy". E em terceiro lugar "A moça bonita entrevista Doctor Ray". Ah! Não deixa de ser sacanagem quem busca Doctor Ray no google.
Já escrevi aqui sobre coisas tão sérias e importantes, como Álbum das Princesas, Guarda-chuva de Joaninha, Histórias de amor, Ciganos surdo-mudos mas alguém quer saber disso? Não...
A partir de agora vou colocar meus títulos dos textos bem cheios de sacanagem para ver se bombo no google. Que tal este post se chamar Putaria pouca é bobagem ou A noite das virgens lésbicas ou Ricky Martin pelado e dançando para dona de bolg? Esta última opção eu me empolguei e até eu vou procurar no google. Será que tem foto?

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Me chama de lagartixa*


Quando te vejo atravesso a rua, me encosto nas sombras, fico andando pelas paredes.
Quando te vejo mudo meu rumo, meu jeito, meu destino.
Quando te vejo acho que não é hora ainda para te encarar, por isso fujo.
Quando te vejo ando toda em zigzag tentando disfarçar, não derreter, não arder.
Quando ando na rua desinteressadamente e você aparece, perco os sentidos, saio correndo e me escondo, vou atrás de um escuro, um frescor.
Quando te vejo acho que você está exagerando nesta perseguição, quero ficar bonita, linda, com o frescor de quem nunca te viu.
Quero chegar inteira no meu destino, sem você me atrapalhar, me colocar barreiras nem consequências ou osbtáculos.
Vendo você penso que eu queria estar de biquini, em uma praia, no mar o tempo todo ao seu lado. Não gosto de te encontrar no meu caminho sempre que saio de casa.
Vai, me chama de lagartixa, me joga na parede, me faz atravessar a rua, mudar meu caminho...
Mas eu sei que das 6 da tarde em diante, não vou te encontrar então volto a vida andando normalmente como se eu nunca tivesse te cruzado.

* Um post para o sol, que me faz andar na rua fugindo dele como uma lagartixa, subindo pelas paredes, buscando as sombras.