A vida era feliz de verdade.
Ter uma Barbie era um sonho, ter com quem brincar de Barbie o final de semana inteiro… não tinha preço.
Brinquei de Barbie até os 15, 16 anos, meio passada já para a brincadeira, mas como a Kiki é mais nova (2 anos) do que eu a desculpa era ela.
Na sexta à noite a festa começava, eu ia de mudança para a casa da Kiki, ficávamos horas montando a casa, a fazenda, a academia, a área de lazer, e tudo mais que ela quisesse ser, afinal eram Barbies. A minha oficial era a ruiva, de cabelos longos e cacheados. Meu Ken era básico, moreno. O mais legal era essa parte, montar e arrumar tudo, acordávamos no sábado e começava a brincadeira, dormíamos até juntas para não perdermos tempo, a brincadeira em si era: Vamos ao cinema, horas se arrumando, agora ao shopping, horas se arrumando, ao baile, mais horas se arrumando. Era na verdade um grande salão de beleza.
Éramos Barbies peruas, não trabalhávamos essa era a parte do Ken, a única hora que ele saía do sofá, e ele normalmente ia para trás de algum móvel menos importante.
A vida era feliz, a Barbie tinha filhos e nunca engordou, usava salto alto e nunca teve dor nas costas, inventava um novo cabelo e sempre ficava bonita.
Durante o final de semana inteiro, vivíamos para as Barbies, comíamos em frente as Barbies, dormíamos perto delas, sonhávamos com elas, era uma tristeza quando tínhamos algum compromisso que fosse nos afastar das nossas “obrigações”.
No domingo à noite era a hora da despedida desmontávamos tudo e passávamos a semana inteira ansiosas para chegar a sexta à noite, onde tudo o que a gente queria ser voltava a acontecer.
Tempos depois eu e a Kiki percebemos que o Ken só servia para ficar sentado no sofá, era bobo brincar com ele, ele não tinha variedade de penteados, de roupas e acessórios. Mas aí chegou a adolescencia e trocamos as Barbies por Ken’s de verdade, às vezes tínhamos recaídas, que eram as mais legais e divertidas.
Depois dos 30 lembro desses momentos como os mais felizes da minha vida. É errado querer ser a Barbie ainda aos 30? E depois dos 30?
Há 7 anos
6 comentários:
Re, eu brinquei de comandos e açao e playmobil ate os 15 e pior nem posso culpar um amiguinho mais novo por isso.
beijos
Não vejo nada de errado em querer ser Barbie de vez em quando...
Às vezes precisamos de um pouco de fantasia pra vida ser mais leve e divertida. bj (sou amiga do Pinho e tenho adorado seus textos!)
Rena!!!
Tenho que confessar que até hoje não me desfiz de nenhuma Barbie e seus acessórios...
Minha desculpa é "guardar para a minha filha"... rs
Mas na verdade acho que é uma maneira de "guardar com carinho aquela fase maravilhosa da nossa vida"... saudades!
Bjs
Sweet, tb brinquei até os 13, e confesso que a melhor parte realmente é montar e desmontar a casa com seus acessórios? A vida de Barbie realmente é bem menos complicada... bjos
Re
eu nunca tive Barbie, mas Susi. E tb brincava muuuito com ela, esse bailes que as bonecas frequentavam eram tudo! :)
Mas hoje eu acho fútil fútil... :P
Beijos.
olá, Renata, sou a leitora... bom, obrigada, acabei de ler o coments... bom não é uma questão de rotularem, as pessoas falam e e nao levo na maldade, acho q é questão de visão , eu nao to nem ai, lógico q nao sou como sua amiga, q fica logo pronta pra outra, eu acabo sim sofrendo pq acredito no amor e ja tomei muita porrada... mas vc disse tudo, ser homem hj em dia é um troféu msm, mas muitas pessoas dizem q tudo ficou banalizado assim pela mulher ser fácil, e ai vamos voltar na minha questão.
Vc entende?, eu nao ligo, nao penso assim, mas pedi a opiniao masculina pra saberem se pensam assim.
Tenho uma amiga q vai se casar no prox. ano, namora a uma década (no tempo q nao era assim c/ certeza), e ela fica espantanda com as estorias q contamos pra ela... dos tipos de caras q encontramos... então tudo ficou muito fácil pq algumas mulheres fizeram isso, ou foram os caras q perderam o respeito?
bom, foi legal trocar uma idéia do assunto.... sempre venho aqui, e pra constar eu brinquei de barbie até meus 14 anos... e já até trabalhava....
Postar um comentário